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DREX: guia completo sobre o Real Digital 

Novidade se junta ao Pix, ao Open Banking e Open Finance para modernizar sistema financeiro brasileiro 

O projeto do DREX, de autoria do Banco Central do Brasil, lançará uma novidade que irá impactar a forma como vemos e utilizamos o dinheiro e as transações financeiras. 

O projeto segue uma linha que já se aplica em diversos cantos do planeta. Atualmente, 11 países já possuem produtos semelhantes, enquanto 21 possuem projetos do tipo em fase de testes e outros 130 os estudam. 

A implementação do DREX deve ocorrer no ano que vem. Diante da proximidade do lançamento do Real Digital e das facilidades que ele deverá oferecer ao público, conhecê-lo desde já é uma maneira de se preparar para usá-lo e para alcançar suas vantagens. 

O que é DREX? 

O DREX corresponde ao projeto de moeda digital do Banco Central do Brasil (BCB). Ela é uma espécie de moeda digital oficial que internacionalmente é conhecida como Central Bank Digital Currency (CBDC), uma tendência cada vez maior em todo o mundo.  

Em termos gerais, ela corresponde ao Real Digital, uma moeda virtual que está em desenvolvimento e será emitida exclusivamente pelo BCB.  

Esta moeda terá as mesmas características do Real físico, mas em formato digital. Aliás, a sigla representa exatamente isso: Digital Real X. Enquanto D se refere à “Digital”, “R” simboliza o “Real” e “E”, “Eletrônico”. Já o “X” traz o elemento de modernidade, que é natural à novidade. 

Ainda em desenvolvimento, o DREX será uma moeda soberana, lastreada pelo governo brasileiro, e terá curso legal em todo o território nacional. Isso significa que ela terá o mesmo valor que o real físico.  

Por isso mesmo, esta moeda poderá ser usada para qualquer tipo de transação financeira. Por exemplo, pagamentos de bens e serviços, transferências de fundos e pagamento de impostos. Todas essas operações serão feitas por meio de contas digitais e seus respectivos aplicativos. 

Como vai funcionar o Real Digital (DREX)? 

O DREX terá a mesma cotação do Real. Ou seja, R$ 1 será igual a 1 Real Digital. A obtenção dele exigirá que a pessoa ou empresa deposite valores em uma carteira digital. O depósito será feito em reais, que serão convertidos para a moeda virtual. 

Esse processo de conversão é chamado de tokenização. É ele que permite o uso da moeda digital em diferentes transações, como transferências ou pagamentos. Ocorre por meio da geração de códigos que seguem regras e processos para suas identificações. 

Em resumo, o DREX funcionará como um token digital que será armazenado em carteiras digitais. Estas, por sua vez, serão gerenciadas por bancos, fintechs e outras instituições de natureza financeira. Todas serão supervisionadas pelo Banco Central. 

As carteiras poderão ser utilizadas por meio de aplicativos de celular, dispositivos físicos ou até mesmo hardwares específicos. Elas permitirão que as transações com Real Digital sejam instantâneas, seguras e transparentes. 

O DREX é uma criptomoeda? 

Não, pois mesmo que o DREX utilize tecnologia similar às criptomoedas, como o blockchain, ele tem correspondência com elas, pois seu funcionamento é diferente.  

As criptomoedas são descentralizadas, emitidas por entidades privadas e não possuem lastro em moedas tradicionais. Por isso, elas podem ter variação diária, da mesma forma que as ações de empresas. 

Já o DREX é uma moeda digital soberana, emitida pelo BCB e lastreada pelo governo brasileiro. Isso significa que o DREX terá a mesma segurança e confiabilidade do Real físico, que possui proteção contra fraudes e manipulações. 

Por ser uma moeda oficial de um país, o Real Digital varia de acordo com as políticas econômicas da nação. Portanto, depende da taxa diária de câmbio, e não das leis de oferta e procura. 

Qual a diferença entre o Pix e o Real Digital? 

O Pix permite pagamentos instantâneos entre diferentes clientes e instituições financeiras. De certo modo, o DREX também permitirá transações em tempo real, mas isso não significa que coincidem.  

O Pix é um sistema de transferência de fundos entre contas bancárias, os quais estão em reais. Já o DREX, ainda que permita movimentações rápidas, não é a operação, em si, mas sim uma moeda digital.  

Além disso, o Pix utiliza a infraestrutura bancária existente, enquanto o DREX terá sua própria infraestrutura, a qual utilizará a tecnologia blockchain

Outra questão importante que elucida a diferença entre o Pix e o Real Digital é que o primeiro ocorre em uma conta e é promovido por um banco, enquanto o segundo ocorre em carteiras digitais e é de responsabilidade do Banco Central. 

Quais serviços poderão ser executados com o DREX? 

O Real Digital poderá ser utilizado para diversos serviços, como: 

Quais as vantagens prometidas pelo DREX? 

A novidade do Banco Central promete trazer uma série de benefícios para os consumidores, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Conheça as principais vantagens que devem acompanhar a moeda digital. 

Eficiência e segurança 

O DREX permitirá a realização de transações instantâneas, seguras e transparentes, especialmente pela pelo uso de blockchain

Isso também permite a diminuição de fraudes e erros humanos e o maior controle sobre as transações, que serão rastreáveis. Esse fator auxilia no combate à sonegação fiscal e à lavagem de dinheiro. 

Redução de custos 

Ainda que o Banco Central não tenha determinado quanto custarão as transações com Real Digital – a princípio o custo seria determinado por cada instituição financeira – espera-se que os encargos sejam menores do que os atualmente praticados. 

Além disso, o DREX levará à diminuição da necessidade de dinheiro físico e da manutenção de caixas eletrônicos, mesmo que não substitua o Real, mas seja uma versão digitalizada dele. 

A desburocratização de processos, como pagamento de impostos e recebimento de benefícios sociais, também permitirá que o público precise desembolsar menos para cumprir com suas obrigações ou alcançar seus direitos. 

Promoção da inclusão financeira 

Uma das principais vantagens do Real Digital é que ele facilitará o acesso a serviços financeiros para pessoas sem conta bancária. Afinal, com ele basta ter uma carteira digital. Isso promove, ao mesmo tempo, a inclusão e a liberdade do consumidor. 

Inovação no setor financeiro 

De acordo com o Banco Central, o lançamento do DREX atuará como um estímulo à criação de novos produtos e serviços financeiros. Eles surgirão junto à moeda digital, pois ela criará novas oportunidades e necessidades. 

Desse modo, espera-se que haja o aumento da competitividade do setor financeiro e a consequente geração de novas oportunidades de negócios. Isso é interessante para o público, que passa a ser disputado por diferentes agentes financeiros. 

Para conquistar uma fatia maior de consumidores, cabe a essas instituições financeiras desenvolver produtos que se mostrem mais benéficos a eles. 

Outra questão interessante é que o Real Digital também fomentará o desenvolvimento de novas tecnologias, algo necessário para a sua segurança, praticidade e eficácia. 

Qual a situação atual do DREX? 

O projeto DREX ainda está em desenvolvimento, e se encontra em sua segunda fase de testes em ambiente restrito. Essa fase começou em setembro de 2024 e devem seguir até o primeiro trimestre de 2025.

Está sendo testada a implementação de serviços financeiros disponibilizados por meio de contratos inteligentes, criados e geridos por participantes da plataforma. 

A expectativa é que a novidade chegue para o público geral até o final de 2025. 

Desafios do DREX 

Embora o projeto de lançamento do Real Digital já esteja avançado, ele enfrenta alguns obstáculos de grande relevância. A superação deles é essencial para que a novidade realmente seja segura e eficaz. 

Dentre os desafios do DREX estão: 

Prepare-se para utilizar o DREX e acesse suas vantagens 

O Real Digital é um projeto em desenvolvimento e que em breve deverá ficar disponível à população. Ele revolucionará a maneira como lidamos com as finanças e trará uma série de novas oportunidades de negócios. 

Estar preparado para quando ele for disponibilizado pelo Banco Central é uma maneira de garantir acesso às suas vantagens desde o seu lançamento.  

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