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Com a demanda cada vez maior por produtos melhores, é inegável o papel de protagonista que o Product Manager (PM) conquistou dentro das empresas. Isso porque é da sua função se preocupar com as necessidades dos clientes, transformando isso em funcionalidades. Mas, será que o papel do PM se resume a isso? Como funciona o fantástico mundo dos Product Managers? Esses e outros assuntos são o tema do episódio #30 do podcast The Walking Tech, que tem como entrevistado Marcell Almeida, CEO da PM3, referência de cursos sobre a função.

De início, Marcell contou um pouco da sua trajetória. Formado em Ciência da Computação, ele conta que, assim como acontece com outras pessoas, entrou na área de produto de “paraquedas”. O entrevistado passou por diversas empresas, crescendo na função, enquanto deu início à PM3 em 2018, um projeto que, segundo Marcell, era paralelo e foi crescendo. 

Marcell também contou como foi o processo de discovery da PM3 e quais as inquietações para dar início ao projeto. Ele conta que, entre 2016 e 2017, organizou pela primeira vez o ProductCamp, um evento para profissionais de produto. Foi quando percebeu que poderia causar impacto na comunidade, ajudando as pessoas da área, e o primeiro passo foi criar um curso, uma vez que as pessoas gostariam de aprender sobre a área de produto.

Foi assim que, nos últimos anos, a PM3 se tornou referência para cursos de Product Management. Para Marcell, inicialmente o peso em relação a isso era apenas de ajudar quem trabalha com produtos, mas que isso mudou um pouco atualmente. “Hoje temos as expectativas das pessoas, que esperam aprender com a gente e sair diferente de quando eu entrei no curso. Isso gera um outro peso: coisas que nós queremos evitar que aconteça com a comunidade. Nós não vendemos sonhos e sim o ensino a partir de cases práticos”. Marcell enfatiza a importância da prática em cursos como esses, ao invés do foco ser apenas nos certificados.

E quais as habilidades para se tornar um head de produto? Marcell diz, que inevitavelmente, quem quer essa posição precisa ter sido Product Manager ou ter uma ideia do que essa função realiza, pelos inúmeros desafios que ele terá que enfrentar. “Você desenvolver a parte de comunicação tanto com o time de engenharia quanto com o time de stakeholders é o essencial de tudo”, o entrevistado afirma.

Além disso, Marcell também diz que um bom PM não precisa ter grande conhecimento técnico. “O importante é entender a necessidade do negócio ou do usuário”, ele diz. Outras características destacadas pelo CEO da PM3 é ter o “faro de produto”, entendendo as oportunidades e transformando isso em funcionalidades.

Marcell também diz que, ao contrário do que se vê na teoria, os processos que o PM participa podem ser, como ele mesmo diz, um “caos absoluto”. Isso se deve ao fato de que tudo nasce da oportunidade e da necessidade que você detecta, tendo diversas ideias e formas de testes a partir disso.

Outro ponto importante abordado por Marcell foi sobre a etapa de Product Discovery, e quando isso deve acontecer. “O Discovery é contínuo, tanto no começo quanto ao longo do tempo, pois eu estou sempre aprendendo”, diz Marcell. Ele também alerta que a etapa de Discovery de forma contínua não se restringe a falar com o usuário todos os dias, mas também analisar os dados, realizar um benchmarking ou mapear o mercado.

Marcell também fala sobre o UX e o UI, explicando a diferença de um para o outro: enquanto o UX enxerga a camada de ponta a ponta do produto, o UI tem como foco a parte mais visual. Ele aproveita para dizer que os diversos papéis que existem em UX são muito importantes para o trabalho de um Product Manager. Uma delas é a do UX Research, que pode auxiliar em uma pesquisa qualitativa.

Sobre o Roadmap – a hora em que “mapeamos” como será o produto, Marcell oferece algumas dicas. “Evite colocar datas”, diz o entrevistado, e complementa: “Imprevistos vão acontecer, e você não quer prejudicar a política no trabalho de um PM”. Ele também destaca que o Roadmap é uma ferramenta de comunicação e não de cobrança, e que o ideal é existir vários roadmaps para os diversos papéis do time. Por fim, ele também afirma que é importante deixar claro que estamos tratando de hipóteses, e que até por isso, essas hipóteses devem ter uma métrica.

Marcell também explica como o Growth Hacking se encaixa para o produto. Para ele, o Growth de Produto pode ter alguns problemas. “Às vezes você quer fazer crescer um produto errado com o procedimento errado”, ele diz, além de lembrar que é importante ter um Market Fit antes de uma 
Solution Fit.

Marcell também conta como é o dia a dia de um Product Manager, e é sucinto sobre: “É difícil ter um dia a dia rotineiro, pois sempre surge uma nova prioridade”. Ele reafirma que a rotina é um pouco caótica, mas bastante dinâmica. Ele também explica que ser uma pessoa de produto é um verdadeiro desafio, pois ao contrário de outras áreas, a demanda nem sempre será de curto prazo. Até por isso, Marcell diz que essa cultura precisa ter um suporte da alta direção.

Por fim, Marcell fala quais as tendências para as pessoas de produto. “Essa área tem crescido porque a área de tecnologia tem crescido. A área de desenvolvimento de software vai crescendo e a de produto acompanha esse crescimento (em um ratio menor)”.

Ouça a entrevista na íntegra em todas as principais plataformas de streaming!

Por Adriano Martins Antonio

A BRQ é uma das patrocinadoras do podcast The Walking Tech.

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  • Redação BRQ

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