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Já ouviu falar em low code, uma proposta simplificada de programação de aplicações? Tire suas dúvidas sobre esse tipo de desenvolvimento. 

Você sabia que o brasileiro está entre os principais usuários de aplicativos e tecnologias digitais? O mercado de desenvolvimento de aplicativos (aqui e no mundo) está aquecido e em forte crescimento. Segundo pesquisa da consultoria Data.AI, uma pessoa gasta em média três horas de seu dia utilizando apps. 

Dessa forma, cada vez mais empresas recorrem ao desenvolvimento de apps para atender às demandas do usuário, gerando uma grande procura por profissionais de TI qualificados no mercado. Isso fez que com fosse necessário acelerar o tempo de desenvolvimento de aplicações e otimizar a força de trabalho disponível.

Uma soluções para resolver esse desafio são as chamadas plataformas low-code. Nesse artigo, vamos conhecer como elas funcionam, quais suas vantagens e desvantagens e entender seus usos na prática. Vamos lá:

O que é uma plataforma low-code

Existem várias formas de desenvolver apps e softwares. Algumas requerem codificações mais simples, como é o caso da programação low-code, ou pouco código. Com ela, são utilizadas interfaces visuais com recursos de arrastar e soltar em uma plataforma de desenvolvimento. Assim, usuários menos experientes em programação conseguem construir aplicativos em menos tempo. 

O low-code surgiu em 2014, usado primariamente pela consultoria Forrester para criar plataformas baseadas em GUI (Graphical User Interface). Além dela, o Gartner, outra consultoria corporativa, adotou o termo e contribuiu para a sua popularização.  

Hoje, as plataformas low-code são tendência tecnológica. Um levantamento da Globe Newswire aponta que o mercado das LCPDs (Low Code Development Platform) deve atingir um valor acumulado de US$ 187 bilhões até 2030.  

Low-code agiliza o desenvolvimento pela acessibilidade 

Imagine um cenário em que um profissional de TI pode criar apps ou softwares dentro de um curto espaço de tempo, sem a necessidade de códigos longos e complexos, utilizando em sua maioria recursos visuais. Essa é a realidade proporcionada pelas plataformas low-code. 

Claro, ainda é necessário um certo conhecimento de linguagens de programação, pois pode ser necessário integrar sistemas e fontes de dados. De qualquer forma, o low-code proporciona simplicidade ao projeto. 

Em essência, a plataforma de pouco código oferece uma infraestrutura pré-criada que permite desenvolver aplicativos rapidamente, usando ferramentas visuais de arrastar e soltar e construtores de formulários. Conta com uma variedade de componentes prontos para uso. Traz fácil conectividade de banco de dados, sistema de segurança e automação de fluxo de trabalho.  

Isso significa que o desenvolvedor pode dedicar mais tempo ao desenvolvimento do aplicativo em si, em vez de codificar recursos comuns do aplicativo linha por linha. As LCPDs geralmente incluem recursos colaborativos, como ambientes de edição de equipe, compartilhamento de código e controle de versão. Isso permite que as equipes trabalhem juntas em projetos e dinamizem o desenvolvimento de aplicativos. 

Embora tenha muitas vantagens, o low-code ainda tem suas limitações e, por isso, profissionais experientes sempre serão necessários para complementar o desenvolvimento, trabalhar na segurança e na criação de sistemas mais complexos e elaborados. 

Low-code x no-code: quais são suas diferenças? 

Como vimos, uma plataforma low-code é aquela feita com pouco código. Mas existe ainda uma outra forma de simplificar a criação de softwares. Estamos falando de plataformas no-code, sem código, na tradução literal. Entenda: 

  • Plataformas Low-code: simplificam o processo de desenvolvimento, oferecendo construtores visuais e interfaces gráficas para desenvolvimento de aplicativos. Envolvem a utilização de plataformas ou ferramentas que requerem um nível mínimo de codificação para criar apps e softwares. Assim, essas plataformas são direcionadas a desenvolvedores.  Isso faz com que profissionais consigam configurar aplicativos rapidamente, otimizando time-to-market de aplicações e custos de desenvolvimento. Os gestores trabalham em estreita colaboração com desenvolvedores para construir soluções que atendam às demandas do negócio. 
  • Plataformas No-code: Nesse tipo de plataforma não há edição manual de nenhum código. Essas são plataformas mais baratas e simples de utilizar, já que todos os códigos estão prontos. Sua interface é amigável e segura. Essas plataformas são direcionadas a gestores de negócios que, mesmo sem habilidade ou conhecimento em programação, podem criar suas próprias soluções de software. Com sistemas no-code, os usuários podem projetar, editar e publicar aplicativos sem precisarem codificar nada. O foco aqui é em “o que o usuário deseja” e não em “como fazer isso”. Basta dizer ao sistema e ele executa.  

As plataformas de low e no-code simplificam problemas de UX e automatizam o fluxo de trabalho. Ainda assim, podem ser limitadas em algumas funções e requererem profissionais de TI mais experientes para aplicação de melhorias. 

Como o low-code é usado na prática? 

As plataformas de pouco código tornam os profissionais mais ágeis. Com elas, é possível desenvolver: 

Aplicativos específicos para eventos e reuniões 

Uma das principais aplicações do desenvolvimento low-code é na criação de aplicativos para eventos específicos, para visualização de agendas, informações sobre palestrantes, comentários, entre outros, com funcionamento para celular ou web. 

Processos de cadastro para compra ou envio de documentações 

Com low-code também é possível criar apps para solicitar documentos e dados para uma compra, por exemplo. 

Integração de colaboradores 

Precisa de um sistema para integrar novos funcionários? Um app criado em low-code pode atender às suas necessidades. Nele, dá para colocar funções de rastreamento, gerenciamento de exercícios de treinamento, tutoriais e até pedidos de envio de documentação.  

Entrega de refeições 

Imagine um app para controlar a logística das refeições de um restaurante: ele pode mostrar quando ela é preparada, quando é enviada para a entrega, quanto tempo leva para chegar à casa do cliente. É possível integrar com GPS, facilitando ainda a vida do motorista do delivery. 

Outros usos

Há ainda muitos outros usos para as aplicações low-code. No geral, você pode contar com esse tipo de plataforma para criar: 

  • Aplicações para os clientes; 
  • Aplicações dedicadas a UX; 
  • Processos de negócios; 
  • Integração de dados; 
  • Plataformas de testes e gestão de aplicativos; 
  • Processamento de dados. 

Vantagens e desvantagens do low-code  

Apesar de trazerem uma grande quantidade de vantagens para empresas e programadores, o uso de plataformas low-code também tem alguns pontos fracos. Para entender alguns dos benefícios e prejuízos de se utilizá-las, veja essa lista: 

Vantagens: 

  • Eficiência: é possível criar aplicativos em um curto espaço de tempo. Isso porque a plataforma oferece recursos prontos para uso, como modelos de interface e ferramentas de integração, que permitem que o desenvolvimento aconteça rapidamente. E isso sem que o criador do programa precise ter muita habilidade em desenvolvimento, o que barateia o custo para as empresas e ainda acelera o processo. 
  • Flexibilidade: permite que os aplicativos sejam facilmente personalizados de acordo com as necessidades dos usuários. Isso se dá graças à possibilidade de integrar códigos e scripts neles, garantindo que eles possam ser adaptados de maneira rápida e eficiente. 
  • Capacidade de resposta: possibilita que os desenvolvedores entreguem soluções em tempo hábil. Isso porque, além de ser rápida, essa plataforma é altamente escalável, permitindo que o aplicativo cresça junto com a demanda dos usuários. 
  • Capacidade de integração: permite que os desenvolvedores criem aplicativos que possam ser acessados por diferentes dispositivos e plataformas. Além disso, esses apps podem ser facilmente integrados com outras soluções. Desse modo, as pessoas que os usam têm uma experiência mais fluida e eficiente. 
  • Interação com o usuário: possibilitam uma experiência consistente ao cliente, pois costumam ser simples de utilizar. 
  • Facilitam a rotina até mesmo de profissionais experientes: muitas plataformas de pouco código são extensíveis. Isso significa que elas têm blocos de construção para os desenvolvedores personalizarem. 
  • Aumentam a lucratividade: geram economia para a empresa, já que os apps podem ser desenvolvidos internamento e não é necessário terceirizar equipes de desenvolvimento. 

Desvantagens: 

  • Necessidade de conhecimento básico: embora o desenvolvimento low-code seja mais fácil do que a criação de aplicativos tradicionais, ele ainda requer algum conhecimento básico para navegar pelos softwares de desenvolvimento. Isso significa que as pessoas que nunca tiveram contato com programação podem encontrar alguns desafios.  
  • Incompatibilidade com sistemas mais complexos: embora sejam compatíveis com muitos sistemas, podem não ser compatíveis com alguns mais complexos, como os de grandes redes corporativas.  
  • Limitações nas funcionalidades: em geral, o desenvolvimento low-code é mais limitado em relação às funcionalidades dos aplicativos que podem ser criados. Ele depende de recursos gráficos e visuais para sua criação. Alguns aplicativos precisam de recursos mais avançados. 
  • Segurança: para entender os níveis de proteção de dados do app criado, pode ser necessário contratar uma auditoria de segurança. 

Em resumo, esse tipo de desenvolvimento é útil para gestores e profissionais, facilita as tarefas diárias e reduz o tempo de desenvolvimento, mas sempre irá necessitar da orientação da TI, especialmente se o gestor quiser personalizações significativas. 

Vantagens e desvantagens do No-Code

Como falamos também de no-code para fins comparativos, veremos, a seguir, algumas de suas vantagens e desvantagens: 

Vantagens: 

  • Não é necessário desenvolver código algum; 
  • Desenvolvimento de apps por qualquer pessoa; 
  • Todas as funções necessárias ao desenvolvimento já estão integradas na plataforma; 
  • Rapidez na criação de apps, graças a modelos predefinidos. 

Desvantagens: 

  • Difícil personalização, caso o projeto seja mais específico; 
  • Resolve apenas desafios rápidos do negócio; 
  • Não está vinculado a plataformas, ou seja, atualizações na plataforma podem prejudicar seu app já em uso. 

Quando utilizar uma plataforma low-code?  

Agora que já entendemos as vantagens e as desvantagens das plataformas low-code, vamos entender quando é útil lançar mão dessa abordagem. 

Faça uma análise, primeiramente, da necessidade de sua empresa. Se você precisa de um aplicativo ou software de uso complexo, 100% personalizável, o low-code pode não te atender – ou pode ser necessário fazer um ajuste de projeto. O segundo ponto é o orçamento disponível. Plataformas low-code, apesar de suas limitações, economizam orçamento com contratação de equipe externa e com tempo de desenvolvimento.  

Esperamos que esse artigo tenha sido útil para tirar suas dúvidas sobre esse time de desenvolvimento!  

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