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Você ouviu as engrenagens do mundo parando em março?

A crise do coronavírus colocou o planeta de joelhos e congelou as principais economias do mundo. No meio da tragédia, entretanto, há um fator positivo: empresas descobriram a importância das startups no momento de crise.

O papel das startups na pandemia

É que, junto com a necessidade de isolamento social, veio também a urgência de se reinventar!

Com os consumidores presos em casa, como um negócio poderia vender e entregar seus produtos? Com os profissionais sem poder ir até o escritório, de que forma as equipes poderiam se manter produtivas e como as empresas iriam sobreviver? Essas são perguntas percorreram o mundo inteiro por semanas.

Todos os setores sofreram com a crise, os mais impactados têm sido os de viagens e turismo, entretenimento, o varejo tradicional, automotivo, imobiliário entre outros, mas essas preocupações são particularmente mais prementes quando se trata de pequenos negócios e microempreendedores, com pouco caixa para conseguir superar todas as barreiras impostas pela chegada do COVID-19 ao Brasil.

Felizmente, nem tudo é má notícia. A inventividade de inúmeras startups está sendo essencial para que as pequenas empresas não fiquem paralisadas. Ainda melhor: quando a vida voltar ao normal, as soluções propostas pelas startups vão continuar ajudando o mercado a lidar com um novo tipo de relação de trabalho e relação com seus consumidores: com muito mais eficiência e menos custos.

Impactos nas relações de trabalho

Um dos desafios desses dias de isolamento social é manter a produtividade da equipe. Muitas empresas liberaram seus profissionais para trabalhar em sistema home office. Mas, nesse caso, como é possível saber se o funcionário está realmente trabalhando?

O home office traz, evidentemente, outras dificuldades. As reuniões presenciais, por exemplo, não são mais possíveis. Mas isso não significa que elas não possam ser igualmente produtivas. Veja o caso do app de chamadas de vídeo Zoom.

Até recentemente, no Brasil, o aplicativo era usado apenas por poucos aficionados de tecnologia. Mas com a necessidade de se realizar reuniões remotas, o Zoom é agora quase obrigatório em computadores e smartphones. (não estou aqui fazendo propaganda da startup, apenas citando um exemplo).

Hoje existem diversas plataformas que apoiam empresas quando o assunto é teletrabalho: reuniões online, acompanhamento de atividades, monitoramento de desempenho, entre outras, tudo isso sendo realizado com o uso da tecnologia que é um dos principais pilares no apoio da nova era da industria 4.0.

Quais as consequências disso para o período pós-crise? Muitas empresas perceberão que o home office pode ser uma modalidade permanente, e não apenas emergencial. Afinal, há uma redução de custos da empresa e os profissionais se sentem mais livres e estimulados a produzir.

Um exemplo é a XP Investimentos que anunciou que em 2020 ninguém mais volta ao trabalho e que estão estudando home office permanente pós pandemia.

Startups mudam o mundo, e o mundo muda com elas

Esse são apenas alguns exemplos que mostram a importância das startups durante uma crise. Mas há muitas outras, alguma já bem consolidadas.

O que seria dos restaurantes sem serviços de delivery como Ifood ou UberEats? Muitos, hoje, sobrevivem a esse tempo difícil apenas por causa dessas empresas.

Como os microempresários poderiam vender seus produtos sem marketplaces como Magazine Luiza ou Mercado Livre? A alternativa seria criar um site e um e-commerce às pressas, com alto custo e grande possibilidade de erros.

Nos últimos 6 meses venho acompanhando e estudando a fundo este mundo de startup, tive a oportunidade de ouvir mais de 40 startups de diversos segmentos e uma coisa ficou muito claro, a resiliência é a chave para se manter de pé e conseguir passar por essa crise.

Aproveitando o gancho, a pouco tempo li um artigo da McKinsey muito interessante, e em determinado momento abordava-se o seguinte tema: Empresas resilientes direcionam esforços para os 3Rs simultaneamente: RESPONDER (Garantir medidas apropriadas de resposta a crise e continuidade da operação) RETORNAR (Gerenciar o período de crise e endereçar oportunidades para uma retomada mais saudável e rentável) REIMAGINAR (Reimaginar como será o “novo normal” e definir implicações em como a empresa deveria reinventar e desenhar a estratégia e operação).

A crise é grave, mas o mundo tem duas certezas: uma é de que esse momento terrível vai passar. A outra é que, graças às startups, muitos negócios conseguirão sobreviver à crise.

E o melhor: usarão os produtos muitas vezes disruptivos dessas startups para se diferenciar da concorrência e ser muito mais produtiva – e lucrativa – quando o mundo voltar ao normal.

Para você, quais são as startups que estão ajudando o planeta a atravessar essa crise?

Anderson Fernandes Mendes

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