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Neste artigo, falaremos sobre Super Apps e como podem revolucionar a forma com que as empresas interagem com seus clientes. Confira!

O que é um Super App?

Um Super App pode ser definido como um aplicativo com um ecossistema que permite que outros aplicativos, chamados de microapps, vivam dentro dele. Estes microapps podem ser desenvolvidos pela mesma empresa criadora do Super App ou até mesmo por terceiros, que visam utilizar a plataforma para aproveitar esse ecossistema.

O que é um Super App?

Super Apps no mercado asiático

WeChat (China), Gojek (Indonésia) e Grab (Singapura) são alguns dos principais exemplos de Super Apps do mercado asiático, e estão presentes nos celulares de quase toda a população. Eles oferecem serviços diversos para o dia a dia, como chat, redes sociais, compra de passagens e serviços de taxi, e-commerce, serviços de delivery, telemedicina, conta digital, entre outros.

O WeChat é um dos apps mais utilizados no mundo. Lançado em 2011, atualmente possui mais de 1 bilhão de usuários ativos por dia. O que faz esse app e seus primos serem tão bem-sucedidos? Por que não se pode encontrar esses tipos de Super Apps no mercado da Europa e das Américas, inclusive no Brasil?

A explicação é simples: na China, os serviços do Google, Facebook, WhatsApp e Twitter são bloqueados, o que facilitou a adoção do WeChat, que nasceu como um app de mensagens. Com o tempo, quando já estava presente nos celulares da maioria da população, o WeChat foi expandindo seus serviços para ser o que é hoje: um grande ecossistema de aplicativos, uma verdadeira loja de microapps. O WeChat possui mais de 3 milhões de microapps em sua plataforma e gerou uma receita de US$ 17,4 bilhões em 2021.

Já o Gojek se iniciou em 2010 como um aplicativo para facilitar as chamadas de mototáxi (ojek, em indonésio), e depois aproveitou-se do fato de que a maior parte da população não tinha uma conta bancária. Então, lançou sua carteira móvel chamada de GoPay, em 2015.

Inicialmente sendo usado como uma forma de pagamento para serviços de mototáxi, passou a ser uma conta digital com diversos serviços dentro do app (além de estabelecimentos físicos). Além disso, como a maioria da população não tinha condições de comprar um smartphone, a empresa fez um programa de incentivo com empréstimos para facilitar a entrada de novos motoristas no programa da Gojek, estratégia que impulsionou o uso do aplicativo.

Em 2021, a Gojek se fundiu com a Tokopedia (e-commerce) e criaram a GoTo, maior grupo de tecnologia da Indonésia, atualmente avaliada em 30 bilhões e que corresponde a 2% do PIB total do país.

E os Super Apps no mercado brasileiro?

São muitos os fatores pelos quais este mercado ainda não explodiu aqui como na China e sudeste asiático. Podemos citar desde cultura, governo, até um mercado mais competitivo.

O que vemos aqui é um mercado bem estabelecido e mais fragmentado, com bancos tradicionais e digitais bem sólidos. É um pouco mais difícil nesse cenário uma empresa conseguir reunir todos os serviços em um único app, e é claro, abocanhar uma grande fatia de mercado.

Aqui, serviços de empresas como Google, Facebook, Microsoft, entre outros também são muito populares e usados, não tendo necessidade de outro app para mensagens, que pode vir a competir com os já atuais. Por isso, não se pode achar que a estratégia usada pelo WeChat ou similares será bem-sucedida em outros países, com contexto e cultura diferentes.

A tendência no nosso mercado é de empresas consolidadas criando Super Apps que oferecem uma gama de serviços dentro de um mesmo aplicativo. O objetivo é fazer com que o cliente use apenas um único app para centralizar todos os serviços e comunicação em um único lugar. No fim, é um conceito que acaba simplificando tanto a vida do cliente quanto da empresa.

Nos últimos dois anos, pequenos e grandes negócios perceberam a necessidade de estabelecer operações contínuas através de canais digitais. Assim, os Super Apps foram ao encontro de um fator para o sucesso no mercado brasileiro. Como exemplos, temos os apps do Mercado Livre, Magalu e Rappi, considerados como potenciais Super Apps futuramente.

A corrida por Super Apps no ocidente está cada vez mais acelerada e esse mercado é uma das apostas para 2023. O grupo Rappi, já anteriormente citado, faz delivery de diversos itens, além de já conter uma carteira digital, cartão de crédito e estar expandindo seus serviços.

Também é possível voltar o olhar para os bancos, que cada vez mais oferecem serviços fora do mercado financeiro. Um exemplo é o Inter que já disponibiliza em seu Super App serviços de Seguros, Delivery, Viagens, dentre outros. Outro exemplo é a Porto, que fora os serviços de seguro e assistência, já disponibiliza em seu Super App uma conta digital, cartão de crédito, programa de pontos (Porto Plus), e segue expandindo seus serviços de forma integrada no aplicativo.

Levando isso em consideração, o Prêmio iBest (atual responsável pelo reconhecimento das melhores iniciativas pioneiras na internet) estabeleceu uma premiação para as iniciativas de maior qualidade e aceitação popular. No Brasil, isso não somente promove o reconhecimento dos competidores, como também concede oportunidade para que os brasileiros possam interagir, votar e opinar de forma colaborativa nas principais redes. Em 2022, o Prêmio iBest apontou o Inter na classificação Júri Popular e o iFood na classificação Júri Academia, composta por especialistas, empresários e personalidades no mundo digital.

Como construir um Super App?

Criar Super Apps é uma vantagem competitiva para as empresas, pois cada microapp consegue ser criado em um tempo muito menor do que se fosse desenvolvido de forma independente. Como um microapp reside dentro do Super App, todo o fluxo de autenticação (login único) e onboarding é compartilhado, assim como a home do aplicativo, telas de configuração e edição dos dados de perfil, dentre várias outras jornadas e serviços. Até mesmo a gestão das lojas de aplicativos do Google e Apple é simplificada quando se tem apenas um aplicativo para cuidar.

Os microapps podem se beneficiar de todo um ecossistema de componentes que existem no Super App, como o Design System, os meios de pagamento já integrados, entre outros. Outra vantagem é centralizar os esforços e investimentos em recursos de segurança e proteção dos dados em um único aplicativo. Em outras palavras, ao se pesar os custos para criar e manter um aplicativo, é uma excelente estratégia utilizar um Super App como um grande portal acelerador de novos produtos.

Um Super App precisa ser construído com uma arquitetura escalável e customizável, que permita plugar microapps de forma a acelerar e simplificar o desenvolvimento de novos produtos digitais. Cada microapp pode ser desenvolvido e testado de forma isolada, para somente depois ser integrado ao Super App. Ele também precisa controlar a execução de cada microapp, de forma que cada um tenha um ciclo de vida próprio e viva em um ambiente isolado (sandbox). Isso evita que um erro em um microapp não afete outros produtos.

Chegou a hora da sua empresa ter seu próprio Super App

Utilizando uma boa arquitetura, padrões e aceleradores muito bem definidos, Super Apps são um grande diferencial competitivo para que empresas consigam lançar novos produtos digitais (microapps) no mercado de forma ágil, acelerando o time-to-market.

A BRQ Digital Solutions conta com uma equipe de mais de 200 profissionais de mobile altamente especializados, que conhecem as tecnologias mais modernas para acelerar o desenvolvimento de apps e Super Apps. A corrida por Super Apps está em curso, e será cada vez mais comum vermos empresas começarem a ofertar serviços adicionais ao seu core business, para levar mais valor e benefícios ao usuário.

Deseja construir um Super App? Tem um desafio? Venha conversar conosco!

Ricardo Lecheta, especialista em mobile e Chief Technology Officer na BRQ.

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