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Um bom conjunto de práticas e ferramentas oferece segurança para diferentes aplicações e protege dados valiosos.

A Application Security é mais essencial do que nunca no cenário em que vivemos, com o uso e manipulação de dados tão presente no dia a dia dos negócios. Visados por diferentes agentes, eles auxiliam a direcionar campanhas de marketing e a oferecer produtos e serviços personalizados, dentre tanto outros casos de uso.

Todavia, é por ter valor tão precioso, que dados utilizados pelas companhias são alvos de criminosos e indivíduos mal-intencionados. A promoção de sua segurança, portanto, é imprescindível e depende de uma série de protocolos, testes e práticas.

É neste contexto que a Application Security se apresenta. Para saber mais sobre ela e tirar suas dúvidas sobre como ela funciona, quais são seus elementos, como é a sua aplicação e ferramentas disponíveis, continue lendo esse texto!

O que é Application Security?

O constante avanço da tecnologia e das aplicações digitais acompanham o surgimento de novos crimes e ameaças, os quais também se apresentam no ambiente digital e online. Isso, por sua vez, evidencia a necessidade de proteção dos sistemas de informação contra perigos cibernéticos.

Nesse contexto, a Application Security, ou “Segurança de aplicações”, surge como um componente essencial para garantir a integridade, confidencialidade e disponibilidade dos dados.

Ela corresponde a um conjunto de práticas, políticas e procedimentos que são desenvolvidos para proteger diferentes tipos de aplicações de software contra ameaças cibernéticas.

Seu objetivo, portanto, é garantir que as aplicações sejam desenvolvidas, implantadas e mantidas com as devidas medidas de segurança que impeçam o acesso e o uso de terceiros a dados para os quais não estão autorizados.

Elementos da Application Security

A Application Security compreende vários elementos e todos eles são de grande importância para a proteção de dados, independentemente do tipo. Confira, abaixo, os principais e saiba como eles funcionam.

Autenticação

A autenticação é responsável por verificar a identidade dos usuários, de modo a garantir que apenas indivíduos autorizados acessem os sistemas.

Dessa forma, é fundamental na segurança de dados e impedem a captação, alteração ou adulteração deles por terceiros que estejam mal-intencionados.

Existem várias técnicas e métodos de autenticação de dados. Veja algumas das principais:

  • Login e senhas;
  • Certificados digitais;
  • Tokens de autenticação;
  • Biometria facial ou digital;
  • Chaves de autenticação.

Autorização

A autorização ocorre logo após a autenticação. Ela assume o papel de controlar as permissões de acesso dos usuários dentro de cada aplicação. Assim, limita o que cada um pode fazer dentro dela.

Encriptação

A encriptação corresponde a um processo que se dá por meio da criptografia, que funciona de modo a tornar inelegíveis dados que estão sendo usados ou compartilhados por um usuário dentro de um sistema para o qual ele foi autenticado e autorizado a entrar.

Logging

O Logging é responsável, dentro da Application Security, por registrar eventos, atividades e informações relevantes de um sistema, aplicativo ou de uma rede em arquivos ou registros (logs).

Com isso, ele desempenha um papel crucial na segurança cibernética e na detecção de ameaças. Isso ocorre especialmente por promover a identificação de acessos aos dados, de suas respectivas autorias e de dados complementares, tais como data e horário em que ocorreram.

Testes de segurança

Os testes de segurança realizam avaliações regulares que pretendem identificar e corrigir vulnerabilidades nas aplicações.

Eles envolvem a simulação de ataques cibernéticos, a fim de avaliar a eficácia das medidas de segurança, descobrir eventuais falhas que ela possua e fornecer recomendações para mitigar riscos e garantir a proteção dos dados.

Onde deve se aplicar a Application Security?

A Application Security pode, e deve, ser aplicada em diversos tipos de aplicações. Em cada um deles, apresenta-se de um modo diferente, de modo a abarcar as especificidades de cada qual.

Web Application Security

Web Application Security (Segurança de Aplicações Web) é uma área da segurança da informação que se concentra na proteção de aplicações da web contra ameaças cibernéticas e vulnerabilidades.

Ela é crucial, especialmente quando consideramos os diferentes tipos de aplicações web que utilizamos no dia a dia, os dados que ali são compartilhados e acessados e o crescente número de ameaças que se impõem diante deles.

A partir do Web Application Security é possível, por exemplo, garantir o funcionamento de sites e o acesso a eles mesmo enquanto eles enfrentam ataques de terceiros. Ela é, portanto, útil contra diferentes ameaças, como injeção de SQL, XSS, CSRF etc.

Mobile Application Security

Já a Mobile Application Security, ou “Segurança de Aplicações Móveis”, diz respeito a um campo da segurança da informação dedicado à proteção de aplicativos móveis, como aqueles que usamos em nossos celulares, contra ameaças cibernéticas e vulnerabilidades.

Ela envolve, dentre outras questões, o controle de integridade dos aplicativos, a proteção contra malwares e aplicativos maliciosos, as atualizações com novas ferramentas de proteção e os controles de acesso aos demais recursos do dispositivo em que o app é utilizado.

Cloud Application Security

A Cloud Application Security (Segurança de Aplicações em Nuvem) corresponde a um campo da segurança da informação que se volta especificamente à proteção das aplicações hospedadas na nuvem, seja ela pública, privada ou híbrida.

Assim como em outros formatos da Application Security, ela faz uso de gerenciamentos e controles de acesso, monitoramentos e registros, bem como identificação e autenticação de usuários.

API Security

API Security, por fim, corresponde à “Segurança de Interface de Programação de Aplicativos”. Ela se concentra, especificamente, na proteção das interfaces de programação de aplicativos contra ameaças cibernéticas e vulnerabilidades.

As APIs são utilizadas para permitir a comunicação e a integração entre diferentes sistemas de software mediante a proteção de dados e funcionalidades sensíveis.

Tipos mais comuns de falhas de segurança

As falhas de segurança contra as quais as aplicações de segurança se voltam nada mais são do que vulnerabilidades ou erros que podem ser explorados por indivíduos para comprometer a segurança de sistemas, redes, aplicativos ou dados.

Neste sentido, existem diversos tipos de falhas de segurança, o que é natural mediante o avanço da tecnologia, que também abre novas possibilidades para hackers. Conheça alguns dos principais tipos de vulnerabilidades digitais:

Injeções: ocorrem quando dados não confiáveis são inseridos em um sistema e executados como código;

Configuração incorreta de segurança: incluem permissões excessivas, exposição inadequada de recursos ou configurações de segurança desativadas;

Componentes desatualizados: quando componentes de software estão desatualizados, tais como bibliotecas, frameworks e sistemas operacionais, também trazem vulnerabilidades que podem ser exploradas por atacantes;

Autenticação de usuário quebrada: autenticação fraca e sistemas de autenticação mal implementados podem permitir que atacantes acessem contas de usuário de forma não autorizada e se passem por eles temporariamente ou de forma permanente;

Falhas de software e integridade de dados: ocorrem em momentos de vulnerabilidades do software, como durante sua atualização ou modificações de dados;

Falhas de registro e monitoramento de segurança: ocorre quando a aplicação não é capaz de reconhecer e atuar contra ameaças ao sistema;

Atribuição em massa: ocorre quando um atacante explora sistemas que atribuem mais permissões ou acesso a dados do que o pretendido. Isso pode acontecer quando as entradas não são adequadamente validadas ou autorizadas;

Cross-Site Scripting (XSS): acontecem quando um atacante insere scripts maliciosos em páginas da web ou aplicativos, que são então executados no navegador de outros usuários, permitindo o roubo de informações, como cookies de sessão.

Ferramentas de Application Security

Do mesmo modo que existem diferentes tipos de ameaças às diversas aplicações, também existem ferramentas plurais que auxiliam na promoção da segurança. Portanto, a Application Security pode contar, dentre outros elementos, com:

DAST (Dynamic Application Security Testing): realiza testes de segurança em aplicações em tempo de execução, de forma a identificar eventuais vulnerabilidades enquanto a aplicação está em uso;

SAST (Static Application Security Testing): responsável pela análise do código-fonte em aplicações. Assim, promove a procura das vulnerabilidades que podem existir antes de sua execução;

Pen testing (Teste de Penetração): simula ataques cibernéticos para identificar pontos fracos nas aplicações e buscar soluções que permitam fortalecê-los e evitar ataques e vazamentos de dados;

SCA (Software Composition Analysis): analisa os componentes de terceiros existentes nas aplicações, de forma a identificar as vulnerabilidades em bibliotecas e frameworks;

IAST (Interactive Application Security Testing): combina elementos de DAST e SAST para analisar, em tempo real, a segurança das aplicações durante a sua execução.

Conclusão

São vários os tipos de ameaças cibernéticas existentes. Elas, por sua vez, podem se voltar para diferentes sistemas e seus respectivos dados, vulneráveis ao uso incorreto e nocivo por criminosos. Da mesma forma, também são variados os tipos de ferramentas, estratégias e protocolos que se voltam à proteção destes sistemas e dos dados neles contidos. Eles são essenciais em um mundo em constante transformação e, principalmente, recorrente digitalização.

Tudo isso, então, torna a Application Security e seus elementos cruciais. Com eles, é possível proteger dados sensíveis, prevenir-se contra ataques cibernéticos e garantir a integridade de dados.

Igualmente, eles são essenciais para cumprimentos legais, tais como da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), bem como para a manutenção da reputação de empresas responsáveis por aplicações.

Por isso, conhecê-las e acompanhá-las, uma vez que se transformam e oferecem novidades diariamente, é de grande importância tanto para usuários quanto para os profissionais responsáveis pelo desenvolvimento de diferentes aplicações.

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