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Vivemos em uma era permeada por ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas. Ao analisarmos esse cenário, temos consciência de que a segurança de dados corporativos é uma prioridade inegociável. No entanto, as estratégias tradicionais de segurança já não são suficientes para proteger organizações contra as complexidades existentes atualmente. 

Neste conteúdo, exploraremos os perigos associados a essa vulnerabilidade e discutiremos em detalhes o conceito de Zero Trust, abordando desde sua definição até os benefícios vitais de sua implementação.  

Avaliaremos porque hoje ela é considerada uma abordagem revolucionária, que redefine os paradigmas de segurança, oferecendo uma solução robusta e adaptável a ameaças em constante evolução. 

O que é Zero Trust?

Zero Trust é mais do que uma estratégia; é uma filosofia que rompe com a ideia tradicional de confiança implícita nas redes corporativas.

Em vez de assumir que tudo dentro da rede é confiável, o Zero Trust adota uma postura de desconfiança, tratando todas as interações, mesmo internas, como potencialmente não seguras. Em resumo, nada é confiável por padrão.

Por que usar um modelo Zero Trust? 

A crescente sofisticação dos ataques cibernéticos, aliada à complexidade das infraestruturas de TI modernas, tornou evidente que a confiança automática nas redes internas é arriscada.  

Adotar um modelo Zero Trust é uma resposta proativa a esse cenário desafiador. Este modelo abraça a ideia de que, em tempos de ameaças persistentes e diversificadas, é mais seguro operar sob a premissa de que qualquer ponto pode ser vulnerável. 

Quais os princípios do Zero Trust? 

A implementação eficaz do Zero Trust baseia-se em alguns princípios fundamentais. Em primeiro lugar, a verificação contínua de identidade é essencial. Isso significa que, mesmo após a autenticação inicial, a identidade de usuários e dispositivos é constantemente validada.  

O princípio do menor privilégio também é crucial, limitando o acesso apenas ao que é estritamente necessário para realizar uma tarefa específica. Monitoramento contínuo de atividades, detecção precoce de anomalias e resposta rápida a incidentes completam a abordagem do Zero Trust. 

Quais os tipos de Zero Trust? 

Existem várias abordagens específicas sob o guarda-chuva do Zero Trust, cada uma atendendo a necessidades particulares.

O “Zero Trust Network Access” (ZTNA) redefine a concessão de acesso à rede, enquanto o “Zero Trust Endpoint” concentra-se na segurança de dispositivos individuais. Estas abordagens modulares permitem que organizações personalizem sua implementação de acordo com suas infraestruturas e requisitos específicos. 

Exemplos de Zero Trust Network Access (ZTNA) 

Acesso remoto seguro 

Imagine um funcionário que trabalha remotamente e precisa acessar os recursos da empresa. Com ZTNA, em vez de conceder acesso amplo à rede corporativa, o sistema verifica continuamente a identidade e autoriza apenas os recursos específicos necessários para a realização das tarefas, mantendo um controle rigoroso sobre o acesso remoto. 

Terceiros e parceiros 

Empresas muitas vezes colaboram com terceiros e parceiros. Em um ambiente ZTNA, mesmo se esses parceiros precisarem acessar recursos internos, eles passarão por uma verificação rigorosa de identidade, com acesso limitado ao mínimo necessário para suas responsabilidades, minimizando os riscos associados a acessos não autorizados. 

Exemplos de Zero Trust Endpoint 

Dispositivos móveis e BYOD (Bring Your Own Device) 

No contexto de dispositivos móveis e políticas BYOD, o Zero Trust Endpoint garante que cada dispositivo seja constantemente validado antes de acessar dados corporativos. Isso significa que mesmo um smartphone pessoal utilizado para fins de trabalho só terá acesso aos recursos permitidos e qualquer atividade suspeita será prontamente detectada. 

Acesso a dados sensíveis 

Considere um funcionário que normalmente tem acesso a dados financeiros confidenciais. Com o Zero Trust Endpoint, mesmo após a autenticação inicial, o sistema monitora continuamente as atividades do usuário. Se houver alguma anomalia ou atividade suspeita, o acesso a esses dados sensíveis pode ser interinamente bloqueado, protegendo informações críticas.

Esses exemplos destacam como o Zero Trust Network Access e o Zero Trust Endpoint trabalham em conjunto para criar uma abordagem mais segura e adaptável à medida que os usuários e dispositivos interagem com os recursos corporativos.  

Essas estratégias garantem que a confiança seja conquistada e validada em cada interação, proporcionando uma camada adicional de proteção contra ameaças cibernéticas. 

Como o Zero Trust funciona na prática? 

Na prática, o Zero Trust rejeita a confiança automática e exige verificações rigorosas. Mesmo se um usuário estiver dentro da rede corporativa, ele precisará autenticar-se e validar continuamente sua identidade.

O modelo também impõe restrições com base no princípio do menor privilégio, garantindo que apenas as pessoas e os dispositivos necessários tenham acesso a recursos específicos. O monitoramento constante de atividades permite a detecção imediata de qualquer comportamento suspeito. 

Por exemplo, em um ambiente Zero Trust, um funcionário que normalmente tem acesso a dados financeiros pode ser interinamente negado a essas informações se a análise contínua indicar atividades incomuns ou suspeitas. Isso cria uma camada adicional de segurança, mesmo para usuários autenticados. 

Quais os benefícios do uso desse modelo? 

Os benefícios do Zero Trust são diversos e impactam positivamente a postura de segurança de uma organização. Primeiramente, há uma redução significativa no risco de violações de dados. Ao não confiar cegamente em usuários ou dispositivos, mesmo dentro da rede, o Zero Trust minimiza as chances de um ataque bem-sucedido

A resposta mais ágil a ameaças é outro ponto forte. Detectando anomalias em tempo real, o Zero Trust permite uma contenção imediata de qualquer atividade suspeita, reduzindo o tempo de exposição a possíveis violações. 

Além disso, o modelo oferece flexibilidade. Com a rápida evolução do cenário de ameaças, a capacidade de adaptação é crucial. O Zero Trust não apenas se ajusta a essas mudanças, mas também fornece uma estrutura escalável que cresce com a organização. 

À medida que enfrentamos um cenário digital cada vez mais complexo, o Zero Trust emerge como uma estratégia essencial para garantir a segurança de dados corporativos. Sua abordagem pragmática, centrada na desconfiança, validação contínua e princípios sólidos, oferece uma resposta eficaz aos desafios em constante evolução do ambiente cibernético. 

Adotar o Zero Trust não é apenas uma medida de segurança; é um investimento no futuro da empresa. Ao questionar, validar e proteger continuamente, as organizações podem construir uma postura de segurança resiliente e alinhada às demandas de um mundo digital em constante transformação.  

O Zero Trust não é apenas uma estratégia: é um caminho a seguir para assegurar que a gestão de dados valiosos permaneçam protegidos contra as ameaças do presente e do futuro. 

Agora que você já conferiu informações sobre Zero Trust, aprofunde seus conhecimentos sobre como garantir a privacidade de dados. 

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