Quando o assunto é tecnologia e transformação digital, pensar no que está por vir não se trata de adivinhação ou superpoderes. Fazer previsões tecnológicas para o futuro é um processo de imaginação e extrapolação que qualquer pessoa pode fazer.
Para provar isso, hoje resolvemos apresentar um artigo diferente. Veja 5 filmes que fizeram previsões tecnológicas de hoje e dos próximos anos.
O que são previsões tecnológicas?
A grande base para a inovação na humanidade é a imaginação. Quando vemos uma tecnologia se tornar realidade anos após ser tratada como fantasia em uma mídia, isso não significa que os roteiristas foram mediúnicos ou foi tudo uma grande coincidência.
Esse é exatamente o processo da evolução tecnológica. O ser humano projeta algo que será possível fazer no futuro baseado nas tecnologias atuais, extrapola essa ideia e desenha o que vai ser a relação entre pessoas, máquinas e sistemas em um novo mundo.
Portanto, previsões tecnológicas para o futuro são raramente feitas com base em chutes. Mídias como o cinema podem até usar de conceitos mais abstratos e que nunca se vão se tornar realidade para contar histórias, mas a jornada de pensamento inovador é a mesma que acontece em universidades, centros de pesquisa e empresas.
Projetar mudanças tecnológicas é partir de ferramentas atuais como base para saber como elas podem evoluir e interagir no futuro, além de conectar essas possibilidades a mudanças na sociedade e novas demandas que elas geram. Isso é algo que qualquer pessoa pode fazer.
Quais as 5 previsões tecnológicas para o futuro que o cinema acertou?
Para você entender essa relação entre imaginação e previsões para o futuro da tecnologia, a melhor fonte de estudo está nos filmes do passado, principalmente aqueles de ficção científica, em que imaginar o futuro é o centro da história.
Veja 5 filmes muito famosos na história do cinema que previram tecnologias que usamos hoje e vamos continuar a evoluir nos próximos anos.
1. A robótica, em Metrópolis (1927)
Um dos maiores clássicos do cinema, Metrópolis é reconhecido até hoje como o primeiro filme a apresentar um robô como personagem, quase 100 anos atrás.
Em uma história com o estilo de Frankenstein, o cientista Rotwang cria um robô para ter uma companhia. Com forma humana e consciência, o filme já demonstrava desde aquela época um futuro com seres autônomos autoconscientes, mesmo antes da informática.
Como geralmente acontece, a previsão do conceito não se materializou como pensada em um contexto de época tão diferente da nossa. Embora existam robôs com formas de pessoas e animais em desenvolvimento, o que o mercado de tecnologia percebe é que imitar seres orgânicos é limitador para as capacidades de autônomos.
Os exemplos de hoje, que variam do aspirador de pó até impressoras de casas, mostram que os robôs do futuro vão se adaptar ao que precisam para realizar funções específicas com o máximo de eficiência.
2. A Inteligência Artificial, em A.I. (2001)
A.I. (Artificial Intelligence) ou, em português, IA (Inteligência Artificial) foi um marco na discussão sobre a tecnologia que era bastante limitada no primeiro ano do século. Mesmo sem a noção do que essa tecnologia poderia se tornar, o filme já falava sobre a ética da inclusão de consciências digitais na rotina da humanidade em diversos aspectos.
Nos últimos anos, a IA começou a se consolidar como uma tecnologia inevitável para nosso futuro próximo. Entre artes digitais, textos e autonomia da máquina, sua maior utilização hoje é na análise de Big Data em gestão baseada em dados, algo que está revolucionando o mundo corporativo.
Um exemplo desse poder é um estudo de 2022 que aponta projeção de investimentos de meio bilhão de reais no ano apenas no Brasil. Geralmente, esse investimento é feito na implementação de sistemas de gestão e Cloud Computing.
3. A customização do marketing, em Minority Report – A Nova Lei (2002)
Minority Report é um filme com diversas discussões relevantes sobre o futuro da tecnologia que reverberam na humanidade desde 20 anos atrás. Porém, uma de suas previsões, que é pouco notada, acertou em cheio o papel do marketing atual.
Em uma cena, o personagem de Tom Cruise anda por um shopping e é bombardeado por propagandas desenhadas para ele, baseadas em gostos e perfil da pessoa que passa em frente às telas. Ainda não temos esse nível de exposição a anúncios (ads) no mundo físico, mas não é difícil imaginar esse futuro, já que o marketing personalizado é uma realidade em nossas vidas.
Em redes sociais, sites e mecanismos de busca, empresas investem em dados e inteligência para customizar propagandas com foco em engajamento. É um investimento fundamental para ser competitivo na Era Digital. A prova disso é que 70% dos negócios na América Latina, em todos os setores, aumentaram seus investimentos em soluções de marketing digital, como automação de comunicação, gestão de conteúdo, programas de relacionamento entre outros.
4. Os carros autônomos, em O Vingador do Futuro (1990)
Nós ainda não colonizamos Marte (algo que pode nem estar tão longe assim), mas isso não significa que previsões do filme de Arnold Schwarzenegger já não estejam entre nós. Em uma cena da história de ação, o protagonista entra em um táxi e percebe que ele é autônomo, o próprio carro o leva a seu destino.
Talvez o motorista robô que dá pessoalidade à carona não seja uma ideia que pegue no futuro. Porém, cada vez mais a evolução dessa tecnologia parece apontar para uma certeza de veículos autônomos como tecnologia comum em nossas rotinas.
Algo que parecia um futuro distante duas décadas atrás, hoje já começa a despontar como uma realidade. A Tesla é talvez a empresa que mais se destaca no desenvolvimento de carros autônomos, mas vem sendo acompanhada por gigantes da tecnologia como o Google e a maioria das empresas automobilísticas, que estão correndo atrás para competir em uma nova categoria de veículos. A projeção é de que esse segmento chega a quase US$200 bilhões ainda em 2030.
5. A Internet das Coisas, em A Casa Inteligente (1999)
Nos últimos anos, a Internet das Coisas vem se popularizando e se tornando algo comum na rotina das pessoas. Dispositivos que controlam ambientes, monitoram desde pessoas a máquinas e wearables que ajudam em nosso bem-estar e desempenho estão cada vez mais acessíveis.
Porém, a tecnologia em si já é projetada e estudada há muito tempo. Um dos grandes exemplos disso é o filme A Casa Inteligente, lançado pela Disney em 1999.
Quando a internet ainda era por fio e celulares serviam apenas para ligações e SMS, o filme já imaginava uma casa totalmente integrada e automatizada, em que todas as funções são controladas por um computador central.
Essa ideia já era mais antiga, inclusive no desenho Os Jetsons, mas a forma como é apresentada em A Casa Inteligente é muito próxima do futuro que estamos construindo — inclusive com uma assistente virtual controlada por IA.
Atualmente, a Internet das Coisas faz parte da rotina de muitas pessoas. Smartwatches como o Apple Watch, lâmpadas inteligentes e IAs como a Alexa estão cada vez mais acessíveis e práticas para o uso doméstico e corporativo. Ligando o uso final a IoT implementada na indústria, com sensores autônomos e gestão baseada em dados, esse segmento de tecnologia movimentará até US$650 bilhões no mundo até 2026.
Qual é a importância de acompanhar essas inovações?
Seja no cinema, em outras mídias, na pesquisa científica ou inovação empresarial, o primeiro passo para criar novas tecnologias é imaginá-las. É por isso que acompanhar previsões tecnológicas para o futuro é tão importante para quem gerencia negócios que estão buscando o auge da competitividade.
A rotina de se informar, aprender e buscar novas ideias é o que faz líderes verdadeiramente inovadores. É um novo olhar sobre a realidade atual, que ajuda a antecipar as mudanças que estão cada vez mais próximas.
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