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Ao sofrer um ataque cibernético, uma empresa pode sofrer vários prejuízos, incluindo a perda de receita e de credibilidade dos clientes. Portanto, investir em meios de prevenir e atenuar essas ameaças dará maior longevidade ao negócio, possibilitando a ele desenvolver-se e atuar em novos mercados.

Para se ter ideia, um dado publicado pelo CPR (Check Point Research), que é uma empresa de cibersegurança global, mostra que os ataques do tipo Ransomware aumentaram nas organizações. Na comparação com 2021, houve um aumento de 59% no segundo semestre de 2022. Isso indica que a inovação nas empresas deve também ser seguida pela atenção redobrada em relação à segurança de dados e sistemas.

Para entender melhor sobre os principais tipos de ataque cibernético e como preveni-los, continue lendo nosso artigo até o final!

O que é um ataque cibernético?

Em uma definição mais técnica, o significado de ataque cibernético é: toda intervenção que visa sequestrar dados, bloquear sistemas operacionais, desabilitar computadores ou usá-los para lançar ataques adicionais. Geralmente, os autores desses ataques são agentes externos, que se aproveitam das vulnerabilidades de segurança de uma empresa, como portas e sistemas operacionais desatualizados.

Quais são os principais tipos de ataques cibernéticos?

Com base nisso, é possível entender que há uma variedade de ataques cibernéticos, sendo de suma importância conhecer os principais. A seguir, explicaremos como eles atuam e o que fazer para evitá-los.

Phishing

A ideia do Phishing é o atacante se passar por uma pessoa ou uma empresa de confiança. Nisso, quando o usuário abre um link enviado via e-mail, por exemplo, ele é redirecionado a uma página maliciosa, que pode sequestrar dados. Outras possibilidades de sofrer esse ataque cibernético é por meio de sites falsos, que estão hospedados na rede com a aparência de uma página verdadeira e confiável.

Zero Day

O Zero Day consiste na detecção de falhas de hardware ou software, comprometendo a segurança dos dados armazenados em computadores e sistemas. Por isso, cabe ao fabricante destes fazer as correções o mais rápido possível, visando diminuir ou anular o risco de ataque cibernético.

DDoS Attack

Em geral, o DDoS Attack (ataque de negação de serviço) consiste em atacantes que resolvem mandar um volume muito grande de solicitações a um servidor. Dessa forma, ele fica sobrecarregado, instável e fora do ar, prejudicando empresas que usam a internet para atender e vender produtos e serviços aos seus clientes.

Em alguns cenários, os responsáveis pelo ataque exigem um pagamento para os servidores da empresa serem restabelecidos. Felizmente, esse é um ataque que tem se tornado menos bem-sucedido, principalmente porque órgãos policiais têm se encampado nesse sentido, na identificação e punição dos responsáveis.

Todavia, ainda é preciso estar atento em relação ao DDoS Attack. Um relatório feito pela Cloudflare mostra que, no segundo trimestre de 2022, houve ataques de grandes proporções. Um deles foi feito com 26 milhões de solicitações por segundo a um servidor, mas que foi mitigado pela própria Cloudflare.

Além deste, foi documentado no relatório um ataque de negação de serviço com pedido de resgate, envolvendo Rússia e Ucrânia, dois países que se encontram atualmente em guerra.

Ransomware e redirecionamento de página

Não raras vezes, o Ransomware ganhou destaque em matérias de jornais e televisão nos últimos anos. O ataque consiste em quando um invasor sequestra dados de sistemas públicos ou privados, exigindo um resgate em dinheiro ou até em Bitcoin. Esta é uma criptomoeda armazenada em uma cadeia de blocos chamada Blockchain, caracterizada pelo nível elevado de segurança, visto que um criminoso precisaria de um esforço computacional muito alto para alterar algum dado nessa cadeia.

Outra forma de atuação dos atacantes é bloqueando funções importantes de um sistema operacional, impedindo empresas e organizações de funcionarem normalmente.

Um ataque que impactou muitos brasileiros foi a invasão à base de dados do Connect SUS. Na ocasião, foram sequestrados os dados referentes ao ciclo vacinal das pessoas contra a COVID-19, impedindo-as de emitir o passaporte de vacinação.

Contudo, de acordo com um especialista, esse ataque foi mais uma sabotagem do que um Ransomware propriamente dito. Segundo ele, as pessoas foram redirecionadas a uma página web diferente da do Connect SUS ou do Ministério da Saúde, que continha a mensagem afirmando que os dados do sistema foram copiados e excluídos. Depois de 13 dias, os sites do Connect SUS e Ministério da Saúde voltaram ao ar, confirmando a tese do especialista de que se tratava de um redirecionamento de página.

Cavalo de Troia

De fato, o nome do ataque cibernético remete ao acontecimento histórico da Grécia antiga. Em computadores, o Cavalo de Troia se comporta como um programa normal, mas esconde outros vírus com potencial de se replicar nas máquinas invadidas.

Vale destacar que o Cavalo de Troia, assim como o Ransomware, são classificados como Malware, um grupo maior de ameaças cibernéticas. Uma vez que o usuário faz o download desse programa, algumas de suas ações principais são:

  • espionagem;
  • criação de backdoors, alterações no sistema de segurança das máquinas, facilitando a entrada de outros invasores virtuais;
  • mensagens SMS pagas, sendo que o Cavalo de Troia também pode atacar aparelhos móveis.

Como identificá-los?

Antigamente, um computador infectado por vírus apresentava inúmeras mensagens de pop-up, bem como a exclusão de pastas e outras ações que não foram feitas pelo usuário. Hoje, no entanto, uma forma de identificar a invasão é quando a máquina começa a ficar lenta.

Neste caso, acessar o gerenciador de tarefas é importante, pois este recurso vai mostrar se tem algum programa não instalado pelo usuário consumindo processamento acima do normal. O monitoramento contínuo da rede também é um meio bastante usado na identificação de um ataque cibernético.

Para empresas que querem imergir na transformação digital, é crucial estar atento à proteção dos dados, de clientes e delas próprias. Inclusive, pode ser importante nesse processo de transformação digital adotar metodologias que já deram certo em muitos negócios, como o Lean.

Como se prevenir contra os ataques?

Só monitorar a rede não é suficiente para evitar danos decorrentes de um ataque cibernético. Algumas dicas que podemos dar nesse sentido são as seguintes:

  • manter os sistemas operacionais sempre atualizados, de modo que os novos patches de segurança do fabricante estejam sempre instalados nas máquinas;
  • treinar e orientar os funcionários quanto aos riscos de um ataque cibernético. A ideia é evitar, por exemplo, que o colaborador abra um link e seja vítima de Phishing;
  • fazer backup constante dos dados, seja de modo manual ou automático.

Como vimos, um ataque cibernético pode causar vários prejuízos a empresas públicas e privadas, como o roubo de dados. Nesse sentido, o termo Digital Immune System (imunidade digital) começa a ganhar espaço, sendo um conjunto de estratégias que visa aumentar a confiabilidade em sistemas e softwares. Na prática, a segurança é trabalhada desde as etapas iniciais do desenvolvimento, de modo que as ameaças são identificadas e modeladas em um projeto.

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