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Hoje, nossos smartphones são um verdadeiro ecossistema de aplicativos. Temos programas para fazer compras, softwares de instituições financeiras, soluções de órgãos governamentais e marketplaces. É até difícil navegar por tantas opções, ainda que você limite o uso de apps.

Há alguns anos, um aplicativo chinês explorou a seguinte ideia: “E se pudéssemos fazer tudo isso em um programa só?”. Assim, nascia o super app, uma ideia que tem seduzido até mesmo magnatas como Elon Musk.

Continue a leitura para entender mais sobre esse programa e suas funcionalidades, assim como as diferenças em relação aos chamados mini apps.

O que é um super app?

De acordo com a previsão da consultoria Gartner, até 2027 mais de 50% da população global será formada por usuários ativos dos super apps. Além disso, mais de 60% dos entrevistados só nos Estados Unidos admitiram que gostariam de ter múltiplas experiências em uma aplicação desse tipo.

Os super apps são aplicativos robustos e criativos, que reúnem várias funcionalidades em um único lugar. Desse modo, o usuário consegue resolver mais de um problema de uma vez só, sem precisar ficar trocando de interface em diferentes aplicações.

Eles têm ganhado espaço no mercado por serem acessados com alta recorrência — afinal, o cliente passa a ficar muito tempo neles, aproveitando suas diversas funcionalidades. Por isso, são citados como ecossistemas digitais integrados.

O principal objetivo desse tipo de aplicação é eliminar a necessidade de baixar uma série de programas para realizar atividades da rotina de indivíduos e empresas. Com ele, o usuário tem um “superprograma” no qual ele centraliza suas atividades e tem mais praticidade.

Qual foi o primeiro super app?

O primeiro aplicativo a adotar esse perfil de “superprograma” foi o chinês WeChat. Ele foi desenvolvido inicialmente como um app de texto e voz, mas, caiu no gosto das pessoas e se tornou parte da rotina de milhões de usuários na China.

Isso porque ele funciona de maneira bem similar ao WhatsApp, com a troca de mensagens instantâneas, mas também permite que o usuário envie e receba pagamentos, faça compras e utilize cupons de desconto, por exemplo.

O WeChat se tornou uma febre por proporcionar aos chineses, e posteriormente a outros usuários espalhados pelo mundo, a experiência centralizada em um super app. As pessoas não precisavam mais navegar por múltiplos programas, economizando tempo.

Se o conceito parece familiar, é porque no Brasil já temos exemplos de super apps, como os aplicativos do Banco Inter, do Mercado Pago, do iFood e da Magalu, que proporcionam que o usuário solucione diversos problemas.

Por meio do Mercado Pago, por exemplo, o cliente pode pagar suas assinaturas de serviços, fazer o seu dinheiro render, escolher diferentes investimentos, gerir o cartão de crédito e ainda fazer e acompanhar as compras no Mercado Livre.

Quando o bilionário Elon Musk comprou o Twitter, em um processo finalizado em outubro de 2022, ele expressou o desejo de transformar a plataforma em um super app. E isso gerou mais burburinho e expectativa em relação a esse tipo de formato.

Como um super app funciona?

Os aplicativos facilitaram muito a vida das pessoas. Afinal, hoje, nem sempre é preciso estar em um computador de mesa ou um notebook para acessar os serviços de instituições bancárias, fazer compras e resolver pendências. Tudo agora pode ser feito por meio do smartphone.

Contudo, ainda pode ser estressante ter que navegar por diversas soluções, entupir a memória do seu celular e ter que lidar com atualização de muitos aplicativos. Nesse sentido, as pessoas se beneficiariam de uma aplicação centralizada, que promova diversas funcionalidades ao mesmo tempo.

Foi para explorar esse vácuo no mercado que surgiram os super apps, já que esses programas são capazes de realizar diversas funções que, muitas vezes, nem têm relação entre si. Desse modo, eles são soluções versáteis, já que possibilitam que o usuário resolva uma infinidade de problemas.

Um exemplo disso é que o usuário tem à disposição, em um único programa, diversos serviços diferentes que fazem parte da sua rotina, como pagamentos de boletos de instituições bancárias e compras online.

Além disso, os super apps diminuem o número de etapas na hora de confirmar transações, como as transferências bancárias, e também promovem descontos nas compras — tudo no mesmo aplicativo.

A ideia por trás do super app é que os usuários possam acessar múltiplos recursos sem precisar baixar mais de um aplicativo, deixando a interface do seu dispositivo móvel mais limpa e sem precisar ficar se preocupando com updates e diversos programas que consumam a memória de um smartphone, por exemplo.

Qual é a diferença entre super app e mini app?

Para ser um super app, o programa tem que conseguir ser útil ao usuário em níveis diferentes. Por isso, caso a pessoa tenha que buscar diversos outros serviços em aplicativos espalhados, essa solução não se qualifica como um super app.

Ao contrário do que muita gente pode pensar, o mini app não é representado pelos aplicativos tradicionais, mas, também é outra tendência. Também conhecidos como micro apps, eles servem para complementar os grandes, oferecendo todo o suporte necessário para que o usuário resolva suas pendências.

Não há uma loja de aplicativos ou mercado separado para mini apps. Eles são descobertos e ativados pelos usuários do supe rapp e, uma vez usados, também podem ser facilmente removidos da interface do usuário.

De modo geral, os mini apps são desenvolvidos para completar uma ou mais tarefas específicas de um app maior, como a funcionalidade de contratar serviços, comprar um produto, fazer doações, alugar algo, entre outras.

Para que um sistema mais robusto exista e seja eficiente, é preciso que ele se alie a serviços especializados e prontos para ajudá-lo a atender verticais específicas.

Assim, as grandes empresas podem se aliar a desenvolvedores de mini apps para ocupar uma fatia maior do mercado — ou produzir essas soluções internamente, o que é mais caro.

É nessa lógica que os micro apps funcionam, como uma alternativa complementar e uma ferramenta com soluções preparadas para se integrar de maneira ágil e prática a interfaces maiores.

Super apps vs mini apps: concorrentes ou aliados?

Ainda que os super apps concentram uma infinidade de funções, os mini apps são explorados para tornar certas funcionalidades mais rápidas e também em um contexto de inovação aberta, no qual uma empresa se alia a outra para ter acesso a mais verticais de negócios.

Por isso, como vimos no artigo, o super app não é necessariamente um concorrente do mini app. Uma empresa que lance um super aplicativo pode lançar uma solução mais específica para evitar que o “superprograma” fique pesado e lento demais para os usuários, por exemplo.

A prova de que as duas soluções não são concorrentes é que o próprio WeChat lançou mini apps para complementar o super app. Ambas as tecnologias dominam a China, mas têm tudo para dominarem o mercado mundial, como mostra o interesse de Elon Musk.

Os mini apps podem ser explorados por startups especializadas, que queiram explorar soluções específicas. Agora que você entendeu a diferença entre essas duas possibilidades, já pode explorá-las em seu próprio negócio, de acordo com as suas necessidades e preferências.

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