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Saiba mais sobre os tipos de arquitetura de API e porque são imprescindível na modernização e na integração de sistemas.

Existem diversos tipos de arquitetura de API disponíveis para o desenvolvimento de sistemas com tecnologias conectadas. Contudo, cada um tem suas próprias características e aplicabilidades, além de especificidades.

Tudo isso deve ser levado em consideração no momento da escolha do melhor tipo de arquitetura de API. Afinal, isso exercerá um importante papel dentro da sua empresa, na medida em que permitirá a digitalização e a integração de diferentes soluções. 

O que é arquitetura de API? 

Antes de determinar o que é a arquitetura em si, é necessário esclarecer o que é uma API. A sigla representa a Interface de Programação de Aplicações, que é um conjunto de regras e definições que permite que softwares diferentes se comuniquem. 

Uma API define as maneiras pelas quais os componentes de software devem interagir. Desse modo, facilita a integração entre sistemas.

Por sua vez, os tipos de arquitetura de API correspondem à estrutura geral e aos padrões utilizados na concepção e implementação desta interface. Ela é crucial para o desenvolvimento de softwares modernos, pois facilita a integração entre diferentes sistemas, permite o reuso de um código e a construção de aplicativos eficientes e flexíveis.  

Portanto, a arquitetura de API exerce um papel fundamental em ambientes distribuídos, especialmente na construção de ecossistemas de software complexos. 

Como funciona a integração via API? 

Microsserviços x API: quais são as principais diferenças? 

Embora microsserviços e arquitetura de API tenham relação entre si, não são termos coincidentes. A arquitetura de API corresponde ao design geral e aos padrões que serão utilizados para criar interfaces de programação de aplicações.

Para isso, ela estabelece as diretrizes para que haja a interação entre diferentes componentes de software. Isso permite que sistemas diversos se comuniquem de maneira eficiente. Seu foco se concentra na criação de interfaces que facilitem a integração entre sistemas heterogêneos. 

Por outro lado, os microsserviços são uma abordagem arquitetônica específica para o desenvolvimento de sistemas distribuídos. Em vez de construir uma única estrutura, dividem um aplicativo em componentes independentes e autônomos. Cada um é um microsserviço que, por sua vez, torna-se responsável por uma função específica e se comunica com os outros por meio de APIs.

Neste sentido, note que microsserviços fazem uso de APIs, enquanto a arquitetura de API pode ser aplicada em diferentes contextos, e não necessariamente em sistemas distribuídos.

Ambos são importantes para desenvolvedores. Mas enquanto a arquitetura de API fornece diretrizes gerais para a comunicação entre sistemas, os microsserviços oferecem uma abordagem específica para construir sistemas distribuídos.

Tipos de API 

Assim como há diferentes tipos de arquitetura de API, também existem diversos APIs. A classificação deles pode ser feita com base na acessibilidade, na finalidade e no relacionamento entre os envolvidos. 

Aberta/ pública 

Uma API aberta é aquela que fica disponível para desenvolvedores e para o público em geral que tiver interesse em acessá-la. Dentre os exemplos estão a API do X (antigo Twitter), a API do Google Maps e a API dos Correios. 

Privada 

Esse tipo de API é restrito a um grupo específico de usuários ou desenvolvedores. São exemplos deste modelo as APIs internas que pertencem a uma empresa e que não são disponibilizadas publicamente.

API de parceiro 

Corresponde à API que é destinada a parceiros específicos de uma empresa, de modo que é amplamente utilizada em aplicativos do tipo B2B (business to business, ou entre empresas). Mostra-se mais segura do que o modelo aberto, na medida em que utiliza mecanismos de autorização e autenticação.

API composta 

Diz respeito ao modelo que combina várias APIs para fornecer funções mais complexas ou soluções integradas. Por exemplo, uma aplicação que ao mesmo tempo faz uso de APIs de mapeamento, previsão do tempo e tráfego.

Tipos de arquitetura de API 

Existem vários tipos de arquitetura de API, que nada mais são do que diferentes abordagens. A escolha de qual será aplicado depende das necessidades específicas de cada sistema, bem como das dos desenvolvedores envolvidos.

gRPC 

Corresponde a uma estrutura de procedimento remoto que oferece independência de linguagem. Por isso, é comumente utilizado em sistemas distribuídos como os de microsserviços.

Além da aplicação em microsserviços, também é comum em sistemas distribuídos e na integração de aplicativos diferentes. 

SOAP 

A sigla SOAP representa o Simple Object Access Protocol, um dos tipos de arquitetura de API. Trata-se de um protocolo de comunicação baseado em XML que é considerado neutro, uma vez que é capaz de operar com HTTP, TCP etc.

É comum observar o seu uso em ambientes corporativos, como nas situações em que sistemas internos precisam se comunicar com outros externos, como os de fornecedores. 

GraphQL 

Este tipo de arquitetura de API corresponde a uma linguagem de consulta para APIs que permite a solicitação e acesso apenas aos dados necessários. Portanto, em vez de receber um conjunto fixo de dados, os clientes podem especificar a estrutura exata daqueles necessários.

O uso deste modelo envolve metodologias de desenvolvimento ágil, integração de serviços diversos e ferramentas disponíveis em diferentes dispositivos, como web e mobile.

Webhook 

Um Webhook criou uma maneira de os sistemas se comunicarem de forma assíncrona, em que um sistema informa a outro sobre eventos ocorridos em tempo real.

Não por acaso, este modelo de arquitetura de API é comumente utilizado em plataformas que exigem notificação em tempo real. Este é o caso, por exemplo, de entregas de produtos, em que o cliente é notificado quanto ao recebimento de um item.

REST 

A sigla REST significa Representational State Transfer, um tipo de arquitetura de API que funciona ao definir quais são as restrições e os princípios aplicáveis na criação de serviços da web. Para isso, faz uso de métodos padrões HTTP, como PUT, POST e DELETE, o que simplifica sua utilização.

Os principais usos deste modelo de arquitetura envolvem a construção de APIs de serviço web, como aplicações móveis. Também, a integração de serviços externos e de aplicações de terceiros.

WebSocket 

Trata-se de um protocolo de comunicação bidirecional. Ele permite uma comunicação contínua e em tempo real entre um cliente e um servidor. Por isso, funciona de modo distinto da tradicional abordagem HTTP, de solicitação e resposta.

Alguns exemplos de sua aplicação estão os bate-papo e os feeds de notícias em tempo real, bem como os jogos online que requerem interações imediatas e atualizações constantes. 

Melhores práticas ao desenvolver uma API 

Ao implementar um tipo de arquitetura de API é imprescindível que a sua empresa siga as melhores práticas. Isso aumenta as chances de compatibilidade entre o modelo escolhido e suas necessidades e a eficácia dele.

Essas práticas envolvem ao menos 4 passos que, apesar de simples, fazem toda a diferença. Confira quais são eles e veja como utilizá-los. 

Tenha atenção ao formato escolhido 

Em primeiro lugar, é indispensável que haja atenção ao tipo de arquitetura de API a ser escolhida. Afinal, é necessário que ela seja compatível ao tipo de mídia em que será aplicada e às funções necessárias.

Além disso, é importante que todos os envolvidos no desenvolvimento do sistema estejam de acordo com a escolha. 

Padronize protocolos 

Em segundo lugar, atente-se à padronização de protocolos. Ela é importante em diferentes cenários, mas se faz ainda mais importante quando há várias atribuições envolvidas no projeto.

Com os protocolos é possível garantir a comunicação entre os diferentes aplicativos. Isso também facilita o trabalho dos desenvolvedores que fazem parte do projeto, promove a organização e a usabilidade das aplicações.

Aplique criptografia SSL 

Em terceiro lugar, não pense duas vezes: aplique criptografia SSL junto à implementação do tipo de arquitetura API escolhida.

Essa criptografia é crucial na segurança dos dados utilizados, uma vez que ela reduz a vulnerabilidade do sistema e evita ataques de cibercriminosos.

Faça diferentes versões 

Por fim, outra prática na adoção de uma arquitetura de API diz respeito à criação de diferentes versões. Isso é interessante porque permite o surgimento de soluções diversas. 

Utilize os tipos de arquitetura de API para garantir sistemas flexíveis e conectados 

A arquitetura de API oferece uma série de vantagens para desenvolvedores e operadores de TI. Com ela, torna-se possível desenvolver softwares modernos e conectados, uma vez que facilita a comunicação entre diferentes aplicativos e serviços. 

Além disso, com este tipo de tecnologia se torna possível reutilizar códigos e funcionalidades em outros sistemas, o que economiza o tempo dos desenvolvedores e otimiza suas atividades. 

Mas não para por aí! Os tipos de arquitetura de API oferecem agilidade ao desenvolvimento dos softwares, uma vez que diferentes equipes podem utilizar seus recursos simultaneamente.

Isso sem falar na facilidade de manutenção, na promoção do acesso a dados e recursos e na melhoria da experiência do próprio desenvolvedor, que passa a ter à disposição uma documentação clara e uma interface consistente para o uso de serviços.

Diante de tudo isso, o uso da arquitetura de API se tornou crucial para o desenvolvimento de sistemas integrados e para o dia a dia dos desenvolvedores. Para que ela possa trazer os benefícios esperados, não deixe de seguir as boas práticas acima listadas. 

Sobre o Autor
  • Redação BRQ

    Desde 1993 no mercado, a BRQ Digital Solutions se consolidou como líder e uma das maiores empresas de Transformação digital do país.

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