Skip to main content

O estudo Global Mobile Consumer Survey 2019, da Deloitte, revelou que o smartphone já se tornou um hub de controle ligado a diversos outros dispositivos conectados. Dos dois mil usuários entrevistados, 95% utilizaram o aparelho nas últimas 24 horas e 81% acessam uma rede social pelo menos uma vez por hora. Com esses números, fica claro que o desenvolvimento de aplicativos é uma estratégia muito vantajosa para os negócios.

No entanto, não basta lançar um app, é preciso garantir que sua usabilidade seja funcional e atraente ao usuário. Por isso, é importante estabelecer pilares e objetivos para desenvolver o produto. A principal estratégia, para isso, é mapear características indispensáveis do projeto, sem deixar de lado a mentalidade geral do desenvolvimento.

Pensando nisso, neste artigo, vamos destacar os principais fatores a considerar na hora de desenvolver o aplicativo. Entenda o que levar em conta para garantir o sucesso do projeto!

Experiência do usuário

Começaremos por um dos aspectos mais importantes, conhecido com UX (User Experience, ou experiência do usuário). Esse conceito está relacionado ao processo de criação de um produto físico ou digital que seja não somente útil, mas também agradável de manusear. Isso também está diretamente relacionado à facilidade de interagir com o aplicativo.

Dessa forma, a UX vai além da UI (User Interface). A experiência do usuário está, também, relacionada aos processos da empresa. Afinal, do que adiantaria o aplicativo ter uma interface limpa e intuitiva, se a estrutura dos serviços do negócio for confusa para o usuário? Ele acabaria abandonando o app, de qualquer forma.

Por isso, ao pensar na experiência do usuário, é importante considerar alguns pontos fundamentais. Whitney Hess, escritora e designer, e referência no assunto, sugere 5 pilares orientadores:

  1. entender o problema que deve ser solucionado: antes de gastar tempo no desenvolvimento do aplicativo, é preciso descobrir o núcleo da questão (o porquê). Caso contrário, corre-se o risco de perder tempo resolvendo o problema errado;
  2. criar algo simples e intuitivo: a curva de aprendizagem deve ser bem curta. Funcionalidades precisam ser fáceis de encontrar;
  3. não gerar dor: toda a experiência deve ser muito positiva;
  4. lembrar que o usuário não é igual a você: o desenvolvedor é um profissional imerso na tecnologia. Então, a facilidade que ele tem na interação com essas ferramentas não é a mesma do usuário final. Outras variáveis, como cultura, educação e experiências passadas também podem interferir nessa aptidão;
  5. ter empatia: trata-se da capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa, de entender suas necessidades e desejos.

Assim, lembre-se sempre de que todo o desenvolvimento de aplicativos precisa focar o sentimento e a reação do usuário ao interagir com o produto. Alguns dos aspectos que mais interferem nessa experiência são o design e a usabilidade, sobre os quais falaremos agora.

Design e usabilidade

A interface do aplicativo precisa ser prática. Os aspectos que vão impactar essa usabilidade estão no design:

  • facilidade para fazer o login;
  • layout;
  • fluxo de telas;
  • imagens e ícones;
  • cores.

Esses elementos estão muito relacionados a questões emocionais do usuário, ou seja, selecionar cores atrativas e organizar os itens, de modo que fique fácil de encontrar o que se deseja. Organizar bem os fluxos de telas é primordial para facilitar a usabilidade.

Não podemos inserir muitas informações em uma só tela, uma vez que a mente tem limites para processar tantos dados. Então, o fluxo pode dispor as funções em grupos e seções, facilitando a interação. No geral, não serão necessários mais de três toques para chegar à função desejada.

Funções que geram valor no desenvolvimento de aplicativos

Segundo o princípio do psicólogo Barry Schwartz, no livro O Paradoxo da Escolha, quanto mais escolhas a pessoa tem, mais difícil é para chegar a uma decisão. Nessa linha de pensamento, quanto mais funções você insere em um app, mais trabalhoso fica para o usuário manter o foco no que é mais importante.

Assim, concentre-se em funcionalidades que vão impactar os resultados do usuário. Isso está, também, relacionado à ideia de engenharia de valor, tornando o processo mais enxuto, com custos menores, sem perder a qualidade do produto final.

Compatibilidade e código

Em qual plataforma desenvolver o aplicativo? Lembre-se de que cada sistema operacional mobile demanda uma linguagem própria. Então, considere qual ou quais plataformas melhor atenderão o público. Muitos desenvolvedores optam por uma IDE (Integrated Development Environment), que vai gerar o código para diferentes plataformas.

Upgrade e atualizações

Dentro de uma visão de metodologia ágil, é possível construir uma versão inicial do app e ir testando, avaliando e fazendo aprimoramentos contínuos, conforme a experiência dos usuários. Mas lembre-se de que cada upgrade deve passar por um ciclo evolutivo, que envolve testes constantes.

Suporte e base para testes

Criar uma base para testes é fundamental para corrigir falhas antes que o aplicativo seja distribuído para o grande público. As lojas de aplicativos, como a Google Play, permitem a geração de usuários beta e o formato staged rollout. Nesses casos, apenas uma parcela dos clientes vai receber a atualização, facilitando a correção de bugs antes disponibilizar para toda a base.

Além disso, os beta testers podem contribuir com feedback e diferentes pontos de vista, que podem enriquecer ainda mais as funções do aplicativo. Mesmo com a formação de squads, em que há profissionais de diferentes áreas, essa resposta externa evitará que o projeto não leve em conta a visão daqueles que estão fora das paredes da empresa.

Possibilidade de integração

Ao se integrar com recursos externos, o desenvolvedor consegue coletar e analisar os dados de uso do app. Por exemplo, ferramentas da plataforma Firebase, do Google, permitem entender o comportamento do usuário e, assim, fazer aprimoramentos ou correções na UI.

Essas integrações também são fundamentais para funções de geolocalização, meios de pagamento, tratamentos de imagem etc.

Coleta, armazenamento e estrutura de dados

Por trás da interface, existe toda uma estrutura de dados que precisa ser gerenciada de forma adequada. Para que o aplicativo funcione como esperado, é preciso definir essa estrutura com base nos detalhes do negócio.

Isso vai incluir a criação de diagramas e tabelas, fluxo de dados, imagens, vídeos, sem falar na decisão de armazenar isso no smartphone ou em um servidor.

Ao longo do projeto de desenvolvimento de aplicativos, é fundamental coletar dados sobre a experiência do usuário para melhorar constantemente os processos e atualizar sempre que necessário. Seguindo esses fatores, as chances de criar uma ferramenta de valor para as pessoas serão muito mais consistentes.

Consegue pensar em outros detalhes importantes no desenvolvimento de apps? Enriqueça este post e deixe sua opinião nos comentários!

Sobre o Autor
  • Redação BRQ

    Desde 1993 no mercado, a BRQ Digital Solutions se consolidou como líder e uma das maiores empresas de Transformação digital do país.

    Ver todos os posts

Leave a Reply