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As pessoas são um componente fundamental para a área da tecnologia. É só pensarmos que o setor ainda sofre de uma grande falta de profissionais capacitados, algo que impacta profundamente o funcionamento das empresas.

Para falar sobre o papel das pessoas na área de tecnologia, o podcast The Walking Tech entrevistou Carolina Martins Piombo, CPO da BRQ Digital Solutions.

Primeiramente, Carol responde uma pergunta que já se tornou clássica: cadê os desenvolvedores na área de TI? A entrevistada responde o que tem sido feito por parte da BRQ: “Nos últimos anos, tentamos buscar profissionais de todas as localidades”. Ela complementa dizendo também que há uma aproximação com faculdades, polos de tecnologia e profissionais em transição de carreira. Além disso, a própria empresa vem incentivando novas formas de desenvolvimento da carreira dos profissionais contratados.

Aliás, a tendência de formação de pessoas dentro das próprias empresas é algo importante e que vem sendo aplicado na BRQ, segundo a entrevistada. “Para o ano que vem, temos um projeto de inclusão social, incluindo jovens carentes que não têm condições para estudar e acelerar a sua entrada na área de tecnologia com tudo que ele precisa”. Um projeto que se junta a outras iniciativas da empresa, que auxiliou mais de 350 pessoas.

E o que é mais válido na área de TI? Certificação ou experiência? Para quem tem a certificação, mas não tem experiência, Carolina diz que a certificação é importante, especialmente em áreas como a de Cloud. Porém, a CPO alerta: “Não adianta ter a certificação debaixo do braço, e achar que, com ela, você vai encontrar a sonhada experiência”. 

Apesar da certificação ser importante e em certos casos um diferencial, a entrevistada afirma que não basta só isso, mas que é preciso atitude e proatividade. “Não é só a hard skill, mas também a soft skill”, Carol conta sobre o que é precioso para a formação de um profissional.

E como ficam os profissionais mais velhos no contexto atual da tecnologia? Carolina primeiramente explica que a BRQ tenta impulsionar o conhecimento disruptivo nos funcionários com esse perfil. Por outro lado, sob o olhar do mercado, Carolina enxerga cada vez mais profissionais querendo dar uma virada na carreira, mesmo que isso tenha um preço. “Muitas vezes ele vai ter que dar um passo atrás na remuneração para dar dois à frente na parte da tecnologia”, explica ela.

Para Carolina, o mais importante é saber como conectar os profissionais mais maduros aos que são mais novos, aproveitando o melhor de cada um.

Sobre o BRQ Way, a cultura adotada pela empresa na qual Carolina é CPO, ela explica: “É o nosso jeito de ser. Hoje isso se expandiu, e não é só sobre as coisas que eu faço, mas também chegou aos sistemas, ferramentas, framework, o que eu uso como padrão para todo mundo e que é o nosso jeito, que é diferente de outras empresas”.

Carolina conta como essa cultura se torna atrativa para quem trabalha na BRQ: “Só neste ano, tivemos 20% de pessoas que haviam saído da empresa retornando, justamente pela cultura”.

E falando justamente sobre o retorno ao presencial, Carolina conta o posicionamento da BRQ: “A nossa diretriz é manter o Anywhere Office, que foi um grande diferencial. Conseguimos colocar todo mundo para trabalhar de forma rápida, até porque a BRQ já vinha de uma cultura do anywhere”, explica a CPO. Apesar disso, a organização deve ter encontros presenciais para haver uma integração, algo que é positivo para um time. Nesse sentido, ela levanta a maior barreira nesse cenário: “O maior desafio aqui é como manter essas pessoas que estão longe, conectadas da mesma forma”.

Sobre o virtual, Carolina também enxerga uma maior proximidade de C-levels nesse contexto. “Hoje, eu vejo muito mais ele (Benjamin Quadros, CEO da BRQ) do que antes. Nós criamos momentos em que ele está mais próximo do que quando estávamos no escritório. O anywhere acelerou o contato com as pessoas”.

Carol também conta como a filosofia Lean está aplicada não apenas para os processos da BRQ, como também para a resolução de problemas e alinhamento dos objetivos. “O Lean me trouxe a escuta de outras áreas sobre um problema que a gente está enfrentando”. A entrevistada conta que o foco é sempre em resolver os problemas. Além disso, o Lean promove outra prática positiva, segundo a CPO, que é a de o líder conhecer o que o seu encarregado faz.

Sobre outras questões trazidas pela pandemia, Piombo diz que o sentimento de cuidado é cada vez mais importante para um profissional. E ela reflete sobre o movimento das organizações nesse sentido: “As empresas começaram a criar fóruns e momentos porque perceberam que as pessoas precisam falar de coisas boas”. E ela traz os cuidados que se deve ter em um cenário anywhere, especialmente com o aumento do estresse por causa do trabalho em casa: “O líder precisa respeitar o ambiente que o profissional está”, e complementa: “É preciso respeitar horários, situações de almoço, pois quando isso avança sem um limite, o estresse aumenta”, diz a entrevistada.

Por fim, Carolina cita as áreas mais promissoras na área de tecnologia: Analytics, Cloud e UX/UI. Além disso, a demanda de Mobile também é grande. “É uma oportunidade de você se desenvolver e buscar conhecimento, porque existe uma escassez de profissionais, e é uma área que tende a crescer ainda mais”. Engenharia e Arquitetura também são outros setores que foram citados pela CPO, que encerra afirmando que: “Soft skill, hard skill e a parte de negócios compõem o profissional do futuro”.

Por Adriano Martins Antonio

Ouça o podcast na íntegra!

O podcast The Walking Tech é patrocinado pela BRQ Digital Solutions.

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