Já pensou em colocar sua equipe para trabalhar de forma colaborativa, inovadora e, principalmente, acelerada? Se sim, está na hora de descobrir uma metodologia capaz de colocar o seu time a todo vapor, aproveitando o melhor dos recursos à disposição. Está na hora de descobrir o Design Sprint.
A proposta do Design Sprint é fazer com que a equipe trabalhe em protótipos ou projetos dentro de cinco ou seis dias. Em geral, a ideia é fazer com que todos avancem rapidamente, corrijam problemas e encontrem soluções que possam ser comprovadas. Vamos saber mais?
O que é o Design Sprint?
O Design Sprint é uma metodologia que serve para resolver rapidamente gargalos e problemas de mercado a partir de etapas básicas, como a concepção, a prototipagem e o teste de ideias. A partir dessas medidas, as equipes podem desenvolver avanços palpáveis dentro de projetos maiores, além de fazer todas as testagens e efetuar entregas com o menor investimento possível.
Em outros termos, a ideia é projetar um cenário futuro e entender como os clientes podem reagir ao seu produto, serviço ou solução de modo geral. A partir daí, um projeto é validado ou não para receber novos investimentos.
Trata-se de uma maneira de reinventar os modos de trabalho, torná-los mais inteligentes, ágeis e eficientes. Com isso, a equipe foca o seu tempo no que realmente vai agregar valor para o negócio, em vez de investir seus esforços em algo que será descartado posteriormente.
Metodologia sprint
A metodologia é proveniente da Google, como uma tentativa de desenvolver a cultura de UX, além de levar a liderança de design para toda a empresa. Assim, as equipes incorporaram o método em vários projetos, o que resultou em ganhos expressivos e avanços bastante eficientes.
Desse modo, o modelo foi compartilhado pela própria empresa para que outros negócios pudessem incorporar o método e experimentar a aceleração de seus processos. Por se tratar de um modelo flexível, ele pode ser incorporado para diversas finalidades e de uma maneira bastante simples.
Quais são as etapas do Design Sprint?
O Design Sprint pode ser dividido em cinco ou seis fases. Aqui, vamos assumir a lógica de seis etapas, sendo elas:
- Entender;
- Definir;
- Esboçar;
- Decidir;
- Prototipar;
- Validar.
Você também pode adaptar as fases ao seu cronograma, encurtando alguns caminhos e reunindo duas etapas ou simplesmente descartando alguma que faça menos sentido. A ideia é encontrar um método que resolva o seu objetivo específico e que realmente possa ser executado dentro do seu planejamento.
Conheça melhor cada uma delas a seguir!
Fase 1: entender
Na primeira fase, você precisa criar a chamada “base de conhecimento”, que é onde serão compartilhadas as informações entre todos os membros eleitos para compor a equipe. O ideal é que você trabalhe com especialistas que apresentem um problema a partir de diferentes perspectivas de um negócio, dos seus usuários e até mesmo do ponto de vista tecnológico. O ponto inicial é o problema.
Fase 2: definir
A próxima fase é a de definição do foco do trabalho que será desempenhado pela equipe. Então, missão é sintetizar tudo o que foi abordado na fase 1, estabelecer um contexto específico e definir quais são os resultados desejados a partir de algumas soluções potenciais. Também devem ser estabelecidas certas metas e métricas de análise de desempenho.
Fase 3: esboçar
A terceira fase é a realização do primeiro sketch. Aqui, são geradas e compartilhadas várias ideias individuais, as quais serão consideradas pelo grupo e avaliadas criteriosamente. Dessa análise, cada participante da equipe precisa eleger um único esboço, que deve ser articulado e pensado com as etapas seguintes, incluindo como ele vai ser viabilizado na prática.
Fase 4: decidir
Na quarta fase, toda a equipe de Design Sprint vai apresentar seu protótipo, ou seja, vai “vender” seu esboço para o restante do time, que deve entrar em consenso sobre qual é a ideia mais viável e vantajosa para solucionar o problema inicial.
Fase 5: prototipar
A quinta fase é a mais trabalhosa, afinal é a que envolve o maior número de decisões. Nela, o esboço eleito vai ser prototipado de forma real e válida. Porém, isso precisa ser feito de forma extremamente rápida e ágil. Mas atenção: esse protótipo precisa ser realista o suficiente para que você obtenha uma resposta autêntica do potencial usuário na próxima fase.
Trabalhe nessa fase como um experimento que deve testar uma determinada hipótese do grupo. Para tanto, é importante ser criterioso nas avaliações a fim de ter certeza de que o resultado vai ser claro o suficiente para validar ou invalidar o design.
Fase 6: validar
A fase de validação vai colocar a proposta de resolução a teste com usuários reais. Por isso, eles deverão interagir com o protótipo e fornecer os seus feedbacks. A partir disso, todos os envolvidos devem participar das revisões e analisar a viabilidade técnica do projeto. Se ele for validado você pode ir para a próxima etapa. Se for invalidado, você já tem um progresso.
Design Sprint X Design Thinking: quais são as diferenças?
Você já sabe que o Design Sprint é uma metodologia desenvolvida para responder rapidamente (entre cinco e seis dias) a um problema ou situação apresentada por um negócio. Para isso, são prototipadas e testadas algumas ideias de especialistas no assunto.
Já o Design Thinking é uma abordagem que coloca o ser humano como centro do processo criativo, oferendo ferramentas do design para levar ao sucesso do negócio. Trocando em miúdos, é uma forma de empregar essas ferramentas para criar projetos organizacionais inovadores.
Então, podemos pensar no Design Thinking como uma filosofia a ser incorporada para conduzir projetos inovadores na qual as ferramentas são escolhidas ao longo do processo a partir das demandas geradas. Enquanto isso, o Design Sprint é um passo a passo de como gerar e ainda por cima testar as ideias dentro de etapas simples, ágeis e precisas.
Ambos têm como objetivo focar um problema e criar uma solução a partir dele. Tudo isso com o foco constante no usuário final. Então, se o Design Thinking for comparado a uma receita de bolo, o Design Sprint é o modo de colocar os ingredientes.
Quais são as vantagens de usar essa metodologia?
O Design Sprint é extremamente útil para o desenvolvimento ágil de projetos e soluções, isso você já deve ter percebido. Mas não é só isso: além do curto tempo em que essas ofertas são construídas, é fundamental que os resultados sejam positivos, portanto esse é mais um ganho expressivo.
Quer descobrir outras vantagens de usar a metodologia na sua empresa? Então, acompanhe!
Ganho de tempo
Sim, você vai ganhar muito tempo com o Design Sprint, mesmo quando a validação der errado. Por se tratar de uma metodologia ágil, ela é desenvolvida em um sistema de “erre rápido, corrija rápido“. Por isso, ainda que você “perca” uma semana de trabalho em função de uma invalidação, já terá avançado em termos de descobrir o que precisa mudar, percebe?
Por isso, esse senso de urgência é tão relevante, e os prazos precisam ser respeitados. Esses aspectos vão permitir que você obtenha um feedback rápido do usuário e ainda que faça ajustes a tempo mesmo que seja necessário reiniciar o ciclo algumas vezes.
Baixa complexidade
Se você precisa trabalhar com agilidade e rapidez, é fundamental que os processos também sejam simples. E, no caso do Design Sprint, são muitas as possibilidades. Você pode incorporar esse método de trabalho em qualquer equipe e setor. Desse modo, cada grupo vai se adaptar à metodologia e fazer seus próprios ajustes, já que ela também é flexível.
Prevenção de falhas
Nada mais frustrante do que trabalhar no lançamento de uma solução e ela falhar, não é verdade? Por isso, o Design Sprint é um ótimo preventivo contra essas situações. Com a prototipagem e a validação postas em prática, é perfeitamente possível saber se vale ou não a pena levar a ideia adiante. Caso não seja, é possível recomeçar todo o processo sem desperdiçar recursos e tempo.
Antecipação de melhorias
Mesmo que um protótipo passe pela etapa de validação já na primeira tentativa, é importante ter em mente que todo esse processo dá um bom embasamento para antecipar eventuais melhorias. Assim, é possível lançar uma solução já com vistas ao que pode ser otimizado nela em um curto intervalo de tempo.
Quando usar o Design Sprint?
Outro aspecto bastante relevante do Design Sprint é que você pode adaptá-lo a diferentes situações e fases que o negócio está enfrentando, por exemplo:
- No início de um projeto, quando você precisa desenvolver um produto do zero para solucionar um problema;
- Em um projeto em andamento, para transpor alguma dificuldade ou entrave que o grupo encontre;
- Na aceleração de processos, com o intuito de ganhar tempo, agilizar e fazer acontecer certas etapas que não estão relacionadas a produtos;
- Na integração de equipes, a fim de alinhar todos os colaboradores ao mesmo ponto ou objetivo.
Quais são os tipos de Design Sprint?
Também é interessante ter em mente que o Design Sprint é uma metodologia adaptável a diferentes finalidades. Ela pode realmente resolver problemas de naturezas diversas, como o desenvolvimento de produtos, de processos, de uma visão ou mesmo de inovações. Quer entender melhor? Então, olha só!
1. Design Sprint de produto
O design de produto é a finalidade mais convencional para os sprints. Isso porque ele é capaz de produzir muitos insights e resultados valiosos, como:
- Otimização de toda a jornada do usuário;
- Criação de protótipos para novas funcionalidades de produtos;
- Desenvolvimento de protótipos para a criação de fluxos.
2. Design Sprint de processo
No caso dos processos, o Design Sprint também pode ser produtivamente aplicado. E o mais interessante é que ele pode resultar em melhorias expressivas nos mais diversos departamentos de uma organização, como:
- Criação de mapas de processo;
- Elaboração do mapeamento dos stakeholders;
- Plano de implementação de novos processos.
3. Design Sprint de visão
Esse já é um sprint de curta duração, mas com foco no longo prazo. Por exemplo, você pode descobrir hoje o que o produto pode ser no futuro, entendendo e investigando suas principais oportunidades e aproveitando cada uma delas ao máximo. O sprint vai ajudar a eleger as ferramentas para chegar lá.
4. Design Sprint mirando a lua
Aqui, o time trabalha livremente para inovar, criar algo disruptivo, ter ideias e explorar um horizonte completamente diferente. Não se trata apenas de melhorar algo, mas de atender a um nicho até então deixado de lado e de resolver gargalos negligenciados. Nesse caso, podem surgir muitas oportunidades.
Quando UX e Design Sprint se unem na empresa?
Como você deve ter percebido, o Design Sprint está intimamente relacionado à experiência do usuário, afinal tem uma etapa exclusivamente dedicada à testagem por ele. Mas não é só isso: a relação com a percepção do cliente ou consumidor final é muito mais profunda.
Além de ser uma metodologia que promove mais agilidade nos projetos, o Design Sprint também contribui significativamente para tornar as empresas mais aptas a desenvolverem projetos que resolvem problemas reais. Em outras palavras, ao chegar ao final de um sprint, se a equipe identificar que o produto não é satisfatório, ele é invalidado, e a busca começa novamente.
Isso significa que a satisfação do gargalo do usuário é, em última instância, o que define se a proposta da equipe é relevante ou não é. Abrindo um pouco a perspectiva, isso é o que ajuda os negócios a serem mais precisos no desenvolvimento das suas soluções, a gerarem valor e a se diferenciarem em um mercado altamente competitivo.
Só a velocidade ou a agilidade no desenvolvimento de soluções não é o suficiente. Pois, se dependesse disso, as empresas teriam uma enorme disponibilidade de invenções no seu portfólio, mas sem um valor real percebido pelo cliente.
Como você viu, o Design Sprint tem muito a contribuir e, quando aliado a outras ferramentas, seu potencial cresce ainda mais. Então, que tal entender mais sobre a combinação entre UX e Design Thinking para melhorar a experiência do usuário?