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Você já imaginou ter acesso a um mercado de seguros mais inovador, eficiente e competitivo? Essa é a promessa do Open Insurance, uma iniciativa que tem ganhado destaque no setor de seguros no Brasil e em todo o mundo.

Mas, afinal, em que consiste? Como funciona na prática? Neste artigo, vamos explorar o conceito, as aplicações e os diferenciais do Open Insurance, tendo a participação especial do estrategista digital da BRQ, Cleber Pires.

Com anos de experiência na área de tecnologia, Pires traz uma visão privilegiada sobre como esse sistema pode transformar o mercado de seguros e criar novas oportunidades de negócios. Confira e tire suas dúvidas sobre o assunto!

O que é Open Insurance?

É uma nova abordagem no setor de seguros que visa melhorar a transparência, a acessibilidade e a interoperabilidade dos dados, permitindo que os clientes tenham mais controle sobre suas apólices de seguros e dados pessoais.

Ao contrário do modelo tradicional de seguros, em que as empresas mantêm as informações dos clientes em arquivos isolados e fechados, o Open Insurance propõe uma abordagem mais aberta, colaborativa e centrada no cliente.

As seguradoras devem permitir o acesso aos dados dos clientes por meio de APIs (Interfaces de Programação de Aplicativos), com segurança e padronização. “De forma similar ao Open Banking, permite ao consumidor final compartilhar seus dados financeiros com terceiros para obter melhores produtos e serviços”, afirma Pires.

“A ideia é que o comprador de seguro possa compartilhar com as seguradoras seus dados pessoais, histórico de uso (sinistro, pagamento, regularidade), informações de saúde, dados de telemática, entre outros. Assim, permitindo às seguradoras desenhar e ofertar produtos sob medida para cada contexto de usuário final”.

No Brasil, a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) tem um papel fundamental na regulamentação e supervisão do mercado de seguros e no fomento de iniciativas de inovação tecnológica, incluindo o Open Insurance.

Quais são as suas vantagens?

O Open Insurance pode trazer uma série de vantagens para as empresas de seguros e para os clientes. Confira os destaques mencionados pelo estrategista digital da BRQ.

Ganhos de eficiência nas ofertas

Ao permitir que as organizações de seguros compartilhem dados de forma mais eficiente, o Open Insurance pode viabilizar a redução de custos dos estabelecimentos e melhorar a experiência do cliente.

Experiência focada no cliente

O Open Insurance possibilita que as seguradoras criem produtos e serviços mais personalizados e relevantes, centrados no cliente.

Maior exposição a melhorias

Finalmente, o Open Insurance pode trazer maior exposição a melhorias por parte das companhias de seguros devido a uma maior concorrência. Isso pode incentivar as empresas, desde startups até grandes corporações, a melhorar continuamente seus produtos e serviços.

Qual é o maior desafio?

Assim como em qualquer inovação tecnológica, o Open Insurance pode apresentar desvantagens e desafios. Para Cleber Pires, uma das principais desvantagens é a preocupação com a privacidade e a segurança dos dados dos clientes.

Com o compartilhamento de informações entre diferentes empresas, há um risco potencial de exposição de dados confidenciais dos clientes a violações de privacidade e de segurança.

Contudo, a SUSEP tem trabalhado na regulamentação do mercado de seguros e na criação de padrões de cibersegurança e privacidade de dados. Isso inclui a Resolução CNSP nº 382/20, que estabelece requisitos mínimos de segurança cibernética para as empresas de seguros e a criação de um comitê de segurança cibernética para o setor.

Como funciona o Open Insurance?

O processo tem início da seguinte maneira: o usuário compartilha seus dados financeiros, históricos de consumo, risco e sinistro por meio de APIs e plataformas de compartilhamento e tratamento de dados.

Em seguida, as empresas envolvidas no Open Insurance utilizam os dados para ter uma visão mais completa e precisa do perfil do cliente. A partir da análise dos dados compartilhados, as companhias podem identificar potenciais riscos e prever sinistros. 

Isso também permitirá que elas ofereçam produtos e serviços de seguros personalizados e sob medida para cada cliente, com base em suas necessidades e perfil de consumo.

Quais são os dados compartilhados?

No Open Insurance, os dados compartilhados variam dependendo do tipo de seguro e da política de privacidade de cada seguradora. No entanto, geralmente são informações básicas do cliente.

“Dados financeiros, dados de comportamento de uso do veículo, dados de saúde, históricos de sinistro, localizações, entre outros”, diz Cleber Pires.

Qual é a diferença entre Open Insurance, Open Banking e Open Finance?

Open Insurance, Open Banking e Open Finance são iniciativas que têm como objetivo promover a inovação e a interoperabilidade entre diferentes sistemas e plataformas no mercado financeiro e de seguros. Embora compartilhem alguns princípios e conceitos, existem diferenças significativas entre elas.

Conforme lembra Pires, o Open Insurance está no espectro dos dados relacionados a seguros e seus correlatos, enquanto o Open Banking está relacionado a operações bancárias, como acesso a crédito. Open Finance, por sua vez, é a conjunção de todos os modelos.

Vale ressaltar que Open Insurance também não é sinônimo de Open Innovation, que se refere à abertura de processos de inovação para uma rede externa de parceiros, como clientes, fornecedores, universidades e startups.

O que é SRO SUSEP?

O SRO SUSEP é um Sistema de Registro de Operações desenvolvido pela Superintendência de Seguros Privados. Seu objetivo é promover a transparência e a segurança das operações no mercado de seguros. O sistema funciona como um registro eletrônico das operações realizadas pelas seguradoras, corretoras e demais empresas do setor de seguros.

O SRO SUSEP é um elemento chave no contexto do Open Insurance, uma vez que permite que as informações sobre as operações de seguros sejam compartilhadas de forma padronizada e segura entre as companhias do setor.

Isso é fundamental para a implementação de um modelo aberto de negócios, no qual os clientes possam ter maior controle e transparência sobre suas informações e os produtos e serviços de seguros oferecidos pelas empresas.

Com o SRO SUSEP, as empresas de seguros podem compartilhar informações de forma mais eficiente e segura, o que pode ajudar a reduzir a duplicação de dados e eliminar processos manuais demorados. 

Quais são os impactos do Open Insurance no segmento financeiro e de seguros?

A indústria de seguros e finanças está passando por uma grande Transformação Digital com o Open Insurance, abrindo caminho para uma era de maior concorrência, inovação e personalização de produtos e serviços, como afirma Pires:

“O aumento da concorrência criará uma sadia competição pela melhor experiência, maior criatividade em produtos e maior competitividade por taxas entre produtos”.

No Brasil, a implementação do Open Insurance deve transformar a indústria de seguros, uma vez que há um mercado com grande potencial de crescimento. A abertura do mercado proporcionará maior liberdade e competitividade, além de permitir que empresas de diferentes setores possam ofertar novos serviços em parceria com seguradoras. 

E você, está preparado para fazer parte dessa transformação? Aproveite as oportunidades que o Open Insurance pode trazer para o seu negócio e se destaque em um mercado cada vez mais competitivo.

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Sobre o Autor
  • Redação BRQ

    Desde 1993 no mercado, a BRQ Digital Solutions se consolidou como líder e uma das maiores empresas de Transformação digital do país.

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