Cloud Computing: entenda os tipos de nuvem e suas diferenças 

Em um mundo cada vez mais conectado, a computação em nuvem, também conhecida como Cloud Computing, tem conquistado um papel de destaque no processo de digitalização das empresas.  

Esse termo se refere à possibilidade de acessar e gerenciar recursos tecnológicos de forma totalmente virtual por meio da internet. 

Seja nos aplicativos do cotidiano, como streamings, serviços financeiros e troca de mensagens, até ferramentas de trabalho, como e-mail e processadores de texto, é certo que você já interage com mais de uma aplicação em nuvem por dia.

E, de acordo com uma pesquisa do Gartner, a expectativa é que 75% das organizações adotem um modelo de transformação digital baseado em nuvem até o ano de 2026.  

As empresa buscam a migração para a nuvem pois ela pode trazer inúmeros benefícios, como agilidade, escalabilidade e maior eficiência nas operações.  

Porém, antes de adotar uma solução cloud, é preciso entender como funciona esse sistema e quais suas possibilidades. Assim, é possível fazer escolhas que sejam realmente vantajosas para o seu negócio, proporcionando o sucesso na estratégia.  

Por isso, veja neste artigo, os detalhes sobre os modelos de nuvem e serviços disponíveis atualmente. Além disso, descubra como escolher a melhor opção para a sua organização. 

Modelos de Serviços x Modelos de Implantação 

Antes de escolher uma solução de Cloud Computing em sua empresa, é necessário entender os modelos de operação. Assim, é possível saber com mais precisão qual satisfaz as necessidades do negócio.  

Nesse sentido, os modelos são divididos em:  

• Serviços: trata-se do tipo do tipo de função que será fornecida pela estrutura da nuvem; 
• Implantação: refere-se ao local em que os dados vão ser armazenados e sua disponibilidade de acesso. 

É importante entender que essas abordagens não são excludentes. É possível, por exemplo, contratar um serviço de infraestrutura para trabalhar com uma nuvem privada. E esse mesmo serviço, por sua vez, pode se integrar a uma plataforma. Tudo depende da arquitetura que será desenvolvida e operada.

Portanto, vamos conhecer mais detalhes sobre como funciona cada uma dessas abordagens e como é possível aproveitar ao máximo as possibilidades da computação em nuvem em cada uma delas.

Principais tipos de Modelo de Serviço em Cloud Computing 

Os modelos de serviço estão divididos em 3 abordagens diferentes, confira como funciona e as principais vantagens de cada uma delas.  

Infraestrutura como Serviço (IaaS) 

A infraestrutura como Serviço (IaaS) é quando os recursos necessários para a execução das operações de T.I são mantidos por meio da nuvem.  

Em outras palavras, em vez de contar com um data center próprio, que seria a coleção de maquinários em uma instalação física, a empresa utiliza a capacidade de computação fornecida pelos hardwares de um provedor cloud de IaaS.  

Só para ilustrar, imagine que você deseja abrir um comércio em vez de construir um local, decide alugar uma loja vazia. Nesse caso, você adquiriu uma estrutura básica que permite o funcionamento das suas atividades, mas é o responsável por organizar e tem a liberdade de definir a finalidade do ambiente.  

De forma similar, o IaaS é como se fosse um aluguel de uma infraestrutura digitalizada. Nesse sentido, o acesso acontece por meio da conexão com a internet e o contratante é quem gerencia e configura os detalhes. Dentre os principais provedores desse serviço, estão incluídos:  

• Google Cloud; 
• AWS (Amazon Web Services); 
• Microsoft Azure
• IBM Cloud

Quais são as vantagens do IaaS? 

A principal vantagem de usar uma Infraestrutura como Serviço é que isso facilita a escalabilidade.  

Ou seja, caso as demandas do negócio aumentem consideravelmente não é necessário se preocupar com aquisição de maquinários e instalação de maquinário. É só ampliar a capacidade de uso contratada no provedor cloud. O mesmo acontece também se houver uma queda, basta solicitar uma redução.  

Além disso, o IaaS também auxilia na redução de custos, uma vez que você pode personalizar os recursos, pagando somente por aquilo que é realmente utilizado. Também, não é preciso gastar com compras e manutenção de hardwares, o que costuma gerar gastos elevados.  

Plataforma como Serviço (PaaS) 

A Plataforma como Serviço (PaaS) é uma solução em nuvem que oferece um ambiente completo para o desenvolvimento de aplicações. Ou seja, nesse modelo a ideia é permitir que profissionais de T.I, principalmente desenvolvedores, criem e implementem aplicativos por meio das ferramentas disponibilizadas.  

Nesse caso, o gerenciamento e manutenção da infraestrutura ficam sob a responsabilidade do fornecedor, a ideia é tornar possível o maior foco no trabalho de desenvolvimento em si, eliminando as preocupações com a base tecnológica. 

Retomando a ilustração anterior, imagine que você encontrou um local para alugar com recursos necessários para ser um comércio do ramo alimentício. Por exemplo, o ambiente contém um bom sistema hidráulico, uma cozinha espaçosa, banheiros e assim por diante.  

Isso seria parecido com o que acontece no PaaS, você tem um espaço que fornece os recursos apropriados para a criação e gestão de aplicações. 

Além disso, ao alugar a loja, você tem liberdade para decorar o comércio do seu jeito e pode decidir qual vai ser a atuação final do negócio dentro do ramo escolhido, como restaurante, lanchonete ou cafeteria.  

No PaaS, você também tem a flexibilidade de escolher o tipo de aplicativo com o qual vai trabalhar e pode personalizar o desenvolvimento segundo as necessidades do projeto. 

Plataformas que fornecem IaaS geralmente trazem também serviços de PaaS, podemos citar alguns como: 

• AWS Elastic Beanstalk
• Azure App Service
• Google App Engine

Quais são as vantagens do PaaS? 

A utilização de uma Plataforma como Serviço é capaz de proporcionar vários benefícios, como: 

• Simplificação do desenvolvimento: o processo se torna mais simples uma vez que se tem um ambiente completo, com todas a ferramentas e bibliotecas necessárias para desenvolver e gerenciar aplicações;  
• Economia de tempo: os profissionais não gastam tempo em esforços operacionais, podendo concentrar as energias, foco e criatividade na parte técnica de seu trabalho em si; 
• Colaboração: as plataformas facilitam a criação em conjunto, tornando viável que membros de diferentes equipes atuem de forma direta em um mesmo projeto.  

Software como Serviço (SaaS) 

Software como Serviço (SaaS) é quando os recursos de um programa estão hospedados em nuvem e são disponibilizados aos usuários por meio da internet, eliminando a necessidade de instalar o aplicativo no dispositivo com o objetivo de ser executado localmente.  

Para ilustrar, imagine que você decide pedir um delivery de um lanche. Então, você não precisa se preocupar em ter em sua casa a estrutura e os ingredientes necessários para montar o prato e, muito menos, com o preparo do alimento. A lanchonete vai cuidar de tudo isso e entregar a comida pronta para você saborear.  

De maneira parecida, no SaaS, o provedor entrega o software pronto, sendo o responsável pela manutenção e gerenciamento. Assim, o usuário consegue focar apenas no uso das funcionalidades, sem se preocupar com a infraestrutura técnica.  

Geralmente, é cobrada uma taxa mensal ou anual pelo uso do serviço, embora também existam aplicações desse modelo que são distribuídas gratuitamente.

O modelo SaaS é um dos mais comuns e acessíveis do mercado, sendo muito provável que já seja utilizado pelo seu negócio.

Veja alguns exemplos de SaaS:  

• E-mail;  
• Google Drive;  
• Microsoft Office 365; 
• HubSpot 
• Zoom; 
• Entre outros.  

Quais são as vantagens do SaaS? 

O Software como Serviço é capaz de promover inúmeras vantagens para as empresas da atualidade. Confira alguns desses benefícios:  

• Mobilidade: os aplicativos SaaS podem ser acessados a partir de qualquer lugar, basta ter conexão com a internet. Isso resulta em maior flexibilidade para as operações empresariais, permitindo a execução de tarefas à distância;  
• Atualizações: esses softwares costumam receber atualizações automáticas, o que ajuda a manter a segurança cibernética e, ao mesmo tempo, contribui para que a organização esteja alinhada às inovações e tendências do mercado; 
• Backup: os dados ficam armazenados em nuvem. Em vista disso, mesmo se houver qualquer dano nos equipamentos locais, não há risco de perda de informações importantes;  
• Acompanhamento: é possível acompanhar métricas e outros indicadores em tempo real, ajudando a melhorar a tomada de decisões; 
• Integração: muitos programas desse modelo permitem integrações com outras ferramentas complementares, possibilitando a sincronização de dados, o que facilita a consulta de informações e gestão de projetos;   

Principais tipos de nuvem por Modelo de Implantação 

As nuvens são ambientes que permitem o compartilhamento de diversos recursos computacionais por meio da internet. Ou seja, o acesso acontece de forma remota. Existem 3 tipos principais: privada, pública e híbrida. Conheça os detalhes.  

Nuvem Privada 

A nuvem privada, como o próprio nome sugere, é quando os recursos são exclusivos para uma única empresa, sendo projetados para atender às necessidades específicas da organização.  

Ou seja, não há compartilhamento da nuvem com outros negócios. Nesse sentido, é possível montar um sistema de hospedagem interno ou fazer uso de um provedor dedicado e personalizável.  

A grande vantagem desse modelo é que proporciona maior segurança e flexibilidade para as operações. Por outro lado, também exige um investimento mais alto para implementação. 

Nuvem Pública 

Em uma nuvem pública, a infraestrutura de TI, como servidores e armazenamento, são compartilhados entre vários usuários. Nesse caso, as empresas contratam um provedor que oferece os recursos sob demanda.  

No entanto, é válido ressaltar que o compartilhamento é da estrutura em si, e não dos dados. Ou seja, cada cliente tem o seu próprio ambiente isolado com acesso exclusivo para utilização e armazenamento de informações.  

O ponto positivo de escolher usar uma nuvem pública é que essa é uma opção de baixo custo e implantação rápida. Porém, oferece menor grau de segurança e personalização em comparação com a nuvem privada.  

Nuvem Híbrida 

Por último, a nuvem híbrida é o resultado da combinação dos dois tipos anteriores. Sendo assim, é possível equilibrar o uso dos recursos, mantendo parte em ambiente público e o restante em privado.  

Essa solução oferece maior flexibilidade, permitindo aproveitar os benefícios oferecidos tanto pela nuvem pública como privada. Entretanto, pode ser difícil garantir a integração adequada e eficiente entre os diferentes ambientes, tornando a implantação deste modelo uma tarefa bastante complexa.  

Como saber qual a melhor solução em nuvem para o meu negócio? 

Antes de implementar uma solução em Cloud Computing para sua empresa, é necessário um bom planejamento para que a abordagem escolhida promova resultados positivos.  

Nesse sentido, um dos primeiros passos é analisar quais são as necessidades da empresa e, com base nisso, estabelecer os objetivos que devem ser alcançados. Para isso, é útil fazer perguntas autoavaliativas, como:  

• Quais são os principais desafios atuais do negócio como um todo e por áreas?  
• De que forma a abordagem em nuvem vai contribuir para a resolução dos problemas? A ideia é eliminar apenas uma dificuldade em específico ou é preciso uma atuação mais ampla? 
• A organização está em processo de expansão ou redução? Existe previsão de crescimento considerável a curto prazo? 
• Quais tipos de dados e informação serão gerenciados por meio da nuvem? 
• Há uma equipe de TI de alta complexidade disponível localmente?  

Além disso, também é fundamental estipular o valor que a empresa tem à disposição para investir na implantação e manutenção. Afinal, pode ser que até faça sentido para o negócio optar por um modelo mais robusto e completo, mas talvez não seja apropriado para a realidade financeira do momento.  

Nesse caso, é interessante buscar por uma solução intermediária, que ajude a atingir as metas mais relevantes até quando for possível fazer um investimento maior.  

Portanto, fica claro que a decisão sobre o tipo de Cloud Computing ideal para a sua empresa precisa avaliar tanto os aspectos técnicos como também as exigências operacionais e táticas da organização, por exemplo:  

• Segurança;  
• Escalabilidade;  
• Custos;  
• Potencial de inovação;  
• Flexibilidade;  
• E muito mais. 

Por isso, antes de escolher entre os modelos de serviço e os tipos de nuvem para encontrar a solução que melhor se adapta às demandas do seu negócio, o ideal é ter apoio de especialistas que ajudem a tomar uma decisão estratégica.  

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