O marketing digital tomou grandes proporções nos últimos anos, ajudando empresas a se posicionarem na internet e terem resultados. Trata-se de um ambiente muito diferente do meio físico, exigindo estratégias e abordagens próprias, visando alcançar uma grande quantidade de pessoas.
A ideia do marketing digital, no entanto, não é atrair volume pouco qualificado de potenciais compradores — a intenção é promover segmentação do público e personalização, na medida do possível.
Neste guia completo, você vai entender como implementar o marketing digital na rotina do negócio. Se a sua intenção é melhorar a performance do braço online do seu empreendimento, continue lendo nosso artigo até o final!
O que é Marketing Digital?
Marketing digital é, acima de tudo, comunicação. De modo mais específico, é usar a internet para divulgar, por exemplo, produtos, serviços e marcas, visando o engajamento e a retenção do público. Dito isso, algumas das principais características dessa comunicação são a personalização e o timing correto.
Em outras palavras, significa mostrar às pessoas o conteúdo que elas querem ver. Se o consumidor quer comprar um produto qualquer ou simplesmente fazer uma busca sem compromisso de um termo na rede, é aí que o marketing digital entra em ação.
Existem bilhões de pessoas conectadas à internet todos os dias, mas é essencial atrair, engajar e reter somente aquelas alinhadas ao perfil do seu negócio. A personalização na comunicação é justamente isso: falar com a pessoa como se ela fosse única, e não somente mais uma na multidão.
Quando o marketing digital surgiu?
Até antes dos anos 90, a internet era um ambiente não só rudimentar, mas também restrito a empresas, universidades e órgãos governamentais, por exemplo. Contudo, isso começou a mudar, por meio do surgimento das primeiras lojas online e mecanismos de busca — ainda bem diferentes de como conhecemos hoje.
Como é de se esperar, a quantidade de usuários da web no início era muito menor do que hoje. Também não podemos nos esquecer de que não existia ainda o mobile, sendo que os sites eram acessíveis apenas em computadores, e tais equipamentos eram caros para muitas pessoas.
Qual é a sua importância para as empresas?
Para se manter no mercado, toda empresa precisa acompanhar o comportamento do consumidor. Significa coletar dados que deem uma ideia sobre suas preferências e padrões de consumo, visando nortear a criação de produtos, serviços e comunicação de marca.
De fato, a quantidade de pessoas conectadas à rede é muito maior do que há 20 anos, exigindo uma estratégia digital específica para transformar visitantes de sites e seguidores de redes sociais em clientes fiéis ao negócio.
Sem marketing digital, a empresa terá mais dificuldade em sair do patamar que está. Não obstante, a internet tornou o mercado muito mais competitivo, não só com o surgimento de concorrentes, mas de novos modelos de negócios. Tudo isso, na prática, gera um volume de informação muito grande a ser consumido pelas pessoas.
Portanto, é somente uma boa comunicação online que vai fazer o seu conteúdo ou o seu produto se destacar dos demais. Só uma boa estratégia de marketing digital é capaz de fazer o seu departamento de vendas “bombar”, com pessoas interessadas em tirar dúvidas sobre um produto específico, ou até mesmo decididas a fazer a compra.
Quais são as diferenças entre o marketing digital e o marketing tradicional?
A primeira diferença é em relação ao público trabalhado. Em uma abordagem tradicional, a ideia de público-alvo é uma amostra mais generalista acerca de potenciais clientes do negócio.
Para exemplificar, suponha que uma loja de tênis tenha como alvo pessoas que fazem atividade física, ou esportistas de qualquer modalidade. Neste caso, é possível perceber que não há um grau de especificidade.
Essa descrição de público-alvo pode englobar muitas pessoas, de diferentes idades, que apenas fazem caminhada na praça, praticam musculação e jogam futebol, por exemplo.
Fora da internet, esse tipo de abordagem costuma dar muito resultado, pois, se esse público-alvo fosse muito restrito, as possibilidades de vendas tenderiam a ser menores.
Falando agora do marketing digital, o maior conceito trabalhado é o de persona. Trata-se de um perfil semifictício com grau de especificidade muito maior do que o público-alvo, sendo a descrição abaixo um possível exemplo do que estamos falando:
Marina, 34 anos, casada, mora em Belo Horizonte/MG, tem um filho de 5 anos, uma rotina corrida no trabalho e precisa fazer atividade física, pois está sedentária.
Mediante uma coleta de dados mais refinada, é possível extrair ainda mais detalhes sobre a Marina. Contudo, é notória a diferença de persona para público-alvo, sendo uma abordagem que costuma dar bons resultados no meio online.
Imagine se o mesmo conceito de público-alvo fosse aplicado ao marketing digital: você há de concordar que muitas pessoas seriam potenciais clientes, mas ficaria bastante difícil estabelecer uma comunicação mais segmentada e personalizada, dificultando a venda.
Os conceitos de persona e público-alvo levam a mais uma diferença entre o marketing tradicional e o digital, que é a abordagem.
Quando a pessoa entra em uma loja, o vendedor infere que aquele consumidor já tem uma intenção clara de sair dali com algum produto. Se houver ainda algumas objeções — principalmente em relação ao preço —, o vendedor vai argumentar sobre os benefícios daquele produto, ou dar algum desconto.
Na internet, esse tipo de abordagem pode não se aplicar de imediato. Por exemplo, quando a pessoa visita um blog sobre software de gestão, não dá para saber precisamente se a sua intenção é procurar uma solução para o seu negócio ou apenas tirar uma dúvida específica.
Contudo, uma “pista” que essa pessoa pode dar é em sua busca no Google. Vamos tratar em detalhes essa questão mais adiante.
Quais são as vantagens do Marketing Digital?
O marketing digital, por si só, não é capaz de gerar nenhuma venda. Contudo, se bem aplicado, ele aumenta muito as chances do potencial cliente entrar em contato com a empresa para mais informações ou fechar uma compra.
Em outras palavras, podemos dizer que o marketing digital é o “meio-campo” e o departamento de vendas é o “ataque”, o responsável pela concretização do negócio. Dito isso, confira as principais vantagens do marketing digital!
Ganho de autoridade
Quem se comunica bem, independentemente se for no meio físico ou online, tende a ser mais conhecido no mercado. O seu nome passa a ser mais falado, pelo fato de a sua empresa ter conhecimento sobre o segmento onde atua. A autoridade é crucial para se diferenciar dos concorrentes e conquistar e fidelizar clientes continuamente na internet.
Segmentação do público
Vale falar sobre um conceito chamado funil de marketing. Basicamente, é uma abordagem de seleção de potenciais clientes, tendo em vista a segmentação destes de acordo com os produtos e serviços ofertados por uma empresa.
Funciona assim: inicialmente, o público que gera tráfego a um blog, por exemplo, tende a ser muito generalista, sendo importante dispor de meios para saber sobre as suas futuras intenções de compra. Nesse sentido, é comum que seja capturado o e-mail da pessoa, quando ela se inscreve na newsletter ou baixa um e-book.
É a partir de interações como essas que se começa a segmentar o público, de modo a descobrir quais são as características da pessoa com propensão real a fechar um negócio. Tudo isso, portanto, é um processo de tentativa e erro, mas, quando se faz a segmentação, a venda se torna mais acertada.
Acompanhamento da jornada de compra
As pessoas que percorrem o funil de marketing não fazem isso de maneira linear. Significa que, por mais que elas estejam no fundo desse funil (etapa de decisão), nada impede voltar à fase anterior (de consideração), ou ainda ao topo (fase de atração).
Por meio das métricas de marketing digital, é possível acompanhar de perto essa jornada de compra. Dessa forma, pode-se usar meios para convencer a persona a fechar o negócio, antes dela regredir no funil de marketing.
Engajamento da persona
Nem sempre o engajamento da persona implica uma compra imediata. Contudo, quando se tem autoridade e um público segmentado, pode ser que o fechamento do negócio seja uma questão de tempo, sendo mais importante, a princípio, construir um relacionamento do que ter essa pessoa como cliente, logo de cara.
Quando se engaja a persona, as chances dela procurar o concorrente tendem a ser menores. A consequência é que ela pode se tornar uma fonte de receita contínua, previsível e duradoura ao negócio.
Um ponto importante a ser destacado sobre o marketing digital é que a empresa não deve somente querer vender, mas prestar uma espécie de consultoria. Na prática, isso significa ajudar clientes em suas dores e dificuldades, por meio de diversos conteúdos, como:
- blogposts;
- vídeos;
- infográficos;
- e-books;
- podcasts;
- white papers.
Quais estratégias podem ser utilizadas?
Com base no conceito de personas e funil de marketing, existem muitas estratégias de marketing digital que podem ser aplicadas. Conheça algumas das principais delas a seguir!
SEO
Search Engine Optimization (SEO) é o conjunto de técnicas que visa tornar um conteúdo visível nos mecanismos de busca, em especial o mais usado, que é o Google. A base para aplicar um bom SEO na estratégia de marketing digital é a palavra-chave, cuja busca pelo usuário dá uma ideia das suas intenções de compra.
Vamos a um exemplo prático. Suponha que a Marina, aquela persona que descrevemos antes, fez a seguinte busca no Google: vantagens da atividade física. Logo, nota-se que ela não pensa em comprar um tênis para começar a caminhar, mas apenas se informar sobre a importância da atividade física.
Agora, imagine que a sua empresa tem um blog e produziu um conteúdo exatamente sobre as vantagens da atividade física. Se as técnicas de SEO forem bem aplicadas, as chances de o seu texto aparecer para a Marina serão maiores.
Dito isso, uma vez que ela se convenceu de que precisa se exercitar, pode ser que ela queira comprar um tênis depois, dando a preferência à sua loja.
Algumas das principais técnicas de SEO são:
- escaneabilidade: consiste em evitar grandes blocos de texto, pois isso prejudica a experiência do leitor, aumentando o risco dele fechar a aba do navegador, além disso, aplicar negrito em trechos de destaque pode ser uma boa estratégia;
- links internos: se o blog já tem certo volume de conteúdos publicados, fazer hiperlinks aumenta a chance de o leitor ficar mais tempo na página, acessando outros materiais;
- links externos: consiste em escolher de forma inteligente fontes externas que venham a somar com o conteúdo, principalmente sites e blog de autoridade na internet;
- descrição de imagens: os algoritmos de busca do Google não leem as imagens, mas o texto delas, sendo fundamental inserir a palavra-chave referente ao conteúdo;
- URL: é importante criar uma URL enxuta, que contenha a palavra-chave e dê uma boa noção ao leitor do que aquele texto ou conteúdo trata;
- intertítulo: deve ter certa padronização e, sempre que possível, conter a palavra-chave referente ao conteúdo.
Social Media
O Social Media é o profissional que gerencia as redes sociais de terceiros, principalmente perfis de negócios. Nesse sentido, ele é o responsável por fazer as publicações e medir o alcance delas, de modo a atrair não só seguidores, mas clientes que venham a comprar com a recorrência.
É uma estratégia que pode trazer um excelente retorno, não só financeiro, mas que ajuda a construir um relacionamento sólido com as pessoas. Em uma rede social, existem diversos indicadores que devem ser monitorados, algo que vai muito além do número de curtidas, comentários e compartilhamentos de um post.
Por exemplo, é importante saber quantas pessoas acessaram a página de vendas de um negócio, seja ela externa, seja inserida na própria rede social. No caso do Instagram, a plataforma já permite cadastrar produtos e inserir os meios de pagamento, sem a necessidade de redirecionamento.
Outra atribuição importante do Social Media é promover interatividade. Em outras palavras, é fazer uma comunicação menos passiva, estimulando os seguidores e clientes de uma página a reagir a um Stories ou responder a uma enquete no Instagram.
O principal motivo que faz um empresário contratar alguém para gerenciar suas redes sociais é a falta de tempo ou especialização. Na prática, a pessoa está muito ocupada lidando com outros aspectos do negócio, ou não tem os conhecimentos e expertises específicos para lidar com essa parte.
E-mail marketing
Em geral, o envio de e-mail marketing é feito de modo automatizado, principalmente se a lista de contatos for muito grande. Nesse sentido, usa-se alguma “isca” como um material rico (e-book, planilha etc.) que a pessoa tenha interesse em fazer o download e preencher um formulário. Assim, você capta o e-mail dessa pessoa e começa a mandar o chamado fluxo de nutrição.
Este é um termo que designa um conjunto de mensagens que visa fazer alguém tomar uma decisão, como ler um artigo de um tema do seu interesse ou comprar um produto. As ferramentas de automação empregadas no e-mail marketing podem ser configuradas de modo a segmentar a audiência do negócio, bem como realizar os testes A/B.
Caso nunca tenha ouvido falar, o teste A/B é um meio de comparar o alcance de duas mensagens de e-mail. Na prática, os dois e-mails são enviados para a lista, cabendo ao negócio saber qual teve a maior taxa de abertura. Com essas ferramentas automatizadas, também é possível agendar um horário de envio, com base em um momento do dia em que as pessoas têm mais propensão em olhar a sua caixa de entrada.
Muitas vezes, o meio usado para capturar o e-mail de uma pessoa é o formulário, como quando ela baixa algum material rico no blog de uma empresa. Isso significa que ela pretende se aprofundar em um tema, visto que pode ter alguma dor que deseja sanar.
Nesse sentido, a proposta do e-mail marketing é passar informações adicionais e relevantes, de modo a amadurecer na persona a sua decisão de comprar um produto ou contratar um serviço.
Automação
Uma empresa dificilmente coloca o seu marketing digital para a frente sem ajuda da automação. De fato, é praticamente impossível, por exemplo, enviar manualmente um e-mail para uma lista de mil contatos, algo que tende à demora excessiva e ineficiência.
O propósito de usar ferramentas de automação de marketing é fazer um empresário e seus colaboradores se dedicarem a aspectos mais estratégicos do negócio.
A parte operacional (como o disparo de e-mails) é feita com muito mais rapidez e eficiência com uma ferramenta específica, sendo também importante que ela esteja integrada a um software de gestão de relacionamento com o cliente (CRM).
Integração e automação andam literalmente de mãos dadas. De nada adianta ter uma boa ferramenta e esta ser limitada em termos de se conectar a outras aplicações usadas no negócio. Uma vez que ocorre a integração com o CRM, fica muito mais fácil ter um histórico de um consumidor, permitindo segmentar e personalizar a comunicação com ele.
A automação também tem uma relação muito próxima com o conceito de martech, algo cada vez mais importante no contexto da transformação digital. É unindo marketing e tecnologia que uma empresa consegue adquirir uma sólida maturidade digital, tendo sempre o potencial de expandir a oferta de seus produtos e a carteira de clientes pela internet.
Quais são as tendências na área?
Com os recentes acontecimentos de grande relevância a nível de Brasil e mundo, o presente e o futuro do marketing são propícios para uma série de tendências, sendo estas fortemente ligadas à transformação digital. Algumas das principais delas são:
- conteúdo baseado em dados: consiste em produzir materiais relevantes para o público, com base em suas preferências e necessidades, focando mais em qualidade do que em quantidade;
- social commerce: o ato de comprar um produto online sem sair da rede social que está sendo acessada no momento;
- marketing verde: um meio de conscientização sobre a importância da sustentabilidade e da responsabilidade ambiental;
- Data Agility: significa usar dados para aumentar a eficiência e a agilidade de um processo envolvendo marketing digital;
- Data Driven: conceito relacionado a uma empresa que baseia suas decisões em dados, sendo algo incorporado em sua cultura organizacional.
Qual é a importância do acompanhamento de KPIs?
A sigla KPI, traduzida para o português, significa indicadores-chave de performance. Acompanhar esses indicadores é de suma importância, pois mostra se uma estratégia específica está dando resultado ou não.
Para defini-los, é preciso fazer uma seleção daquilo que mais faz sentido para um negócio, de modo que a quantidade de curtidas, por exemplo, seja uma métrica que pouco ou nada diz sobre a performance da empresa nas redes sociais.
Um conceito relacionado a KPIs é o UX Analytics. É feita uma coleta de dados com base na experiência dos usuários, sendo um meio de promover mais retenção de clientes e ajustes em uma estratégia de marketing digital.
Vamos a um exemplo envolvendo um blog corporativo? Acompanhar o tráfego e saber se ele é qualificado ou não vai permitir entender se as técnicas de SEO foram bem empregadas e fazer ajustes, se necessário. Afinal, não adianta muitas pessoas visitarem a página se elas ficarem apenas alguns segundos.
Se este for o caso, pode ser um indicativo de que o conteúdo não é relevante ou traz problemas de escaneabilidade, como blocos muito grandes de texto e sem a divisão em intertítulos. A aplicação de links internos pertinentes ao tema que a pessoa está lendo também aumenta as chances dela ficar mais tempo no blog, caso ela venha a clicar.
Em relação a soluções analíticas de suporte à tomada de decisão, a BRQ é uma empresa focada em demandas de marketing, design e experiência do usuário em dispositivos móveis. Nossas soluções permitem verificar, sem entraves, os KPIs de uma estratégia, sendo um meio efetivo de escalar um negócio, de modo seguro e sustentável.
Tecnologia, inteligência e marketing por dados são cruciais para uma empresa ser competitiva e se destacar no mercado, por meio do marketing digital. E ele, como vimos, é um meio eficaz de uma empresa ter forte presença no ambiente online.
Por meio do marketing digital, é possível alcançar um grande número de pessoas, de modo a promover a segmentação desse público e estimular uma comunicação individualizada, diferenciando suas estratégias do marketing tradicional.
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